Com 203 metros de comprimento, capacidade para até 1.200 tripulantes e estrutura para missões de guerra, socorro e paz, o NAM Atlântico é o maior navio da Marinha do Brasil — e abriga de hangar para helicópteros a centro cirúrgico completo, tudo operando 24 horas por dia.
Se você achava que navio militar era só tanque e soldado marchando, se prepara pra repensar tudo. O NAM Atlântico, atual capitânia da Esquadra Brasileira, é simplesmente o maior navio da Marinha do Brasil, e não é só no tamanho que ele impressiona. Esse colosso flutuante é tipo um “quartel-general” móvel com capacidade de operar helicópteros, realizar missões humanitárias, socorrer vítimas de desastres e até fazer cirurgia de emergência no meio do oceano.
Construído nos anos 90, o navio foi originalmente batizado como HMS Ocean pela Marinha Real Britânica. Só chegou por aqui em 2018, após uma baita repaginada, e desde então atua com força total, ou como gosta de dizer o Comandante Mozart, com “ataque contínuo e agressivo”.
Uma fortaleza multipropósito pronta para tudo
O NAM Atlântico não é só um navio. Ele é um monstro logístico. Projetado para controle marítimo e projeção de poder, ele também tem um papel essencial em operações de paz e ajuda humanitária, como as que já aconteceram no Caribe, Kosovo, Líbia e até na Serra Leoa, quando ainda operava com a bandeira do Reino Unido.
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Durante a operação diária, até sete helicópteros podem estar no convoo. Eles não ficam o tempo todo lá em cima: têm hora certa pra subir e, quando não estão voando, são armazenados num hangar subterrâneo. E não é qualquer hangar, ele funciona com elevadores que descem as aeronaves até o nível inferior, tudo isso num processo de pushback, bem parecido com aeroporto.
Mas uma das partes mais interessantes: o centro médico. Equipado com sala de cirurgia, UTI, raio-x e laboratório, o complexo pode operar como hospital de campanha ou evacuar pacientes diretamente por helicóptero. Ou seja: o navio é praticamente um hospital flutuante.
Como é viver a bordo por vários dias
Ficar embarcado no Nam Atlântico por dias em alto-mar é uma experiência que pouca gente tem. Mas a boa notícia é que o Canal Aero documentou tudo nos mínimos detalhes. De dentro dos corredores até a cozinha industrial, eles mostraram o que rola por trás das operações.
Pra alimentar cerca de 1.200 pessoas, a estrutura de cozinha parece mais uma fábrica. São mais de 5 mil refeições por dia, incluindo pizza feita no capricho e massa produzida ali mesmo, no navio. São mais de 60 pessoas só na equipe de alimentação.
Os camarotes variam conforme a função: tem dormitório individual pra oficiais, dormitório coletivo com banheiro compartilhado, e até ramais internos pra comunicação entre cabines. Nos corredores, nada de revestimento chique: tudo fica exposto pra facilitar manutenções e evitar riscos maiores em caso de incêndio. Afinal, estamos falando de um navio de guerra, né?
Missões, tecnologia e o futuro do NAM Atlântico
Mesmo com mais de 25 anos de uso, o navio ainda tem lenha pra queimar, e muita. A empresa Babcock, que já cuidava da manutenção quando ele era britânico, continua envolvida na atualização do sistema. E não pense que o NAM Atlântico está preso ao ado: há planos para que ele também opere com drones (SARPs) no futuro.
Com mais de 21 mil toneladas, o NAM Atlântico representa uma grande vantagem estratégica pro Brasil. Ele consegue levar toda a estrutura de uma base militar para onde for preciso, com flexibilidade e permanência, seja pra defender a costa, prestar socorro ou apoiar grandes operações conjuntas.
Dá pra visitar o NAM Atlântico? Sim, e você vai querer depois de ler isso
Tá achando tudo isso incrível? Pois saiba que dá sim pra visitar o NAM Atlântico! Em algumas paradas pelos portos brasileiros, ele é aberto à visitação pública. É uma chance rara de ver de perto essa estrutura gigantesca que mais parece um cruzamento entre aeroporto, hospital, quartel e hotel flutuante.
Como mostrou o Canal Aero em sua série de vídeos, cada corredor, cada sala e cada conves tem uma função específica, e ver isso ao vivo é uma experiência única. O navio, que fica atracado na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, vira e mexe dá uma adinha por outros estados.