O preço ainda se mantém mais baixo do que em 2024, reforçando a vantagem de optar por essa fonte limpa, econômica e sustentável de geração de energia.
O custo médio para instalação de sistemas de energia solar em residências brasileiras aumentou 5% no primeiro trimestre de 2025, quando comparado aos três últimos meses de 2024 (outubro, novembro e dezembro). De acordo com dados do Radar, indicador trimestral da empresa Solfácil, o valor ou de R$ 2,46 para R$ 2,57 por watt-pico (Wp).
Essa alta foi motivada, principalmente, pelo encarecimento dos equipamentos fotovoltaicos, que já vinham sofrendo reajustes desde o final do ano ado. Ainda assim, o mercado segue atrativo: há exatamente um ano, no primeiro trimestre de 2024, o preço médio era de R$ 2,76/Wp — o que mostra uma redução acumulada de cerca de 7%, mesmo com a elevação recente.
Alta nos equipamentos de energia solar afeta custo final ao consumidor
O aumento de preço nos projetos de energia solar está diretamente ligado ao custo dos componentes utilizados. A valorização do dólar, somada à alta nos fretes internacionais e à demanda aquecida por equipamentos, contribuiu para esse cenário de reajuste.
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A região Norte do Brasil foi a mais impactada pela variação de preços, com uma elevação de 9% no período, atingindo um valor médio de R$ 2,82/Wp, o mais alto do país. Já o Centro-Oeste, mesmo com um aumento de 6%, manteve o menor preço médio nacional, com R$ 2,50/Wp.
Mercado continua promissor para quem quer investir
Apesar da recente elevação nos preços, especialistas reforçam que a energia solar permanece como uma das melhores alternativas de investimento em infraestrutura residencial. Fabio Carrara, CEO e fundador da Solfácil, destaca que o mercado segue competitivo e oferece vantagens únicas ao consumidor.
“Apesar da alta recente, o mercado de energia solar continua muito favorável para quem deseja investir. Os preços ainda estão abaixo dos níveis de 12 meses atrás. No Brasil, os sistemas fotovoltaicos são extremamente íveis, com retorno inferior a três anos. Nenhum outro mercado no mundo oferece um retorno tão rápido”, afirmou.
O retorno sobre o investimento em energia solar é um dos grandes atrativos para o consumidor. Em um cenário de tarifas de energia elétrica em constante alta, o sistema fotovoltaico representa não apenas uma economia significativa a médio prazo, mas também a valorização do imóvel e o uso consciente dos recursos naturais.
Variação regional mostra disparidades no setor
O levantamento da Solfácil também evidenciou as disparidades regionais no custo da energia solar.
Enquanto a região Norte lidera com os preços mais altos, o Sudeste e o Sul apresentaram valores médios semelhantes, com aumento de 4% e 6%, respectivamente.
O Nordeste, por sua vez, teve a menor variação entre todas as regiões analisadas, com alta de 4%.
Mesmo com as diferenças nos percentuais de reajuste, todas as regiões registraram crescimento nos valores dos projetos, reflexo da conjuntura econômica e dos desafios logísticos específicos de cada localidade.
Perspectivas para os próximos meses no setor de energia solar
A tendência é que o mercado siga em expansão, impulsionado pela busca por alternativas sustentáveis e pela atratividade do retorno financeiro.
A evolução tecnológica e o aumento da oferta de crédito para financiamento de sistemas também devem contribuir para manter a energia solar como uma opção viável e estratégica para os consumidores brasileiros.
O cenário atual evidencia que, mesmo com uma leve alta nos custos, o investimento em energia solar continua compensando.