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Preço do lítio dispara e carros elétricos podem ficar mais caros que o normal na indústria automotiva global

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 27/01/2022 às 11:37
Lítio - baterias - carros elétricos - indústria automotiva
Vista de mineração de lítio. 28/10/2012. REUTERS/Enrique Marcarian

O preço do lítio começou o ano disparado. Além desse material, utilizado pela indústria automotiva para a produção de baterias de carros elétricos, o níquel e o cobalto também sofrem alterações de preços e ameaçam a indústria automotiva global

Atualmente, os carros elétricos e uma grande parte dos modelos híbridos utilizam o mesmo tipo de bateria, as de íons de lítio. Esse tipo de bateria já era utilizada em celulares, notebooks e outros aparelhos da indústria de eletrônicos que precisam de bateria. Uma grande vantagem deste tipo de bateria é que ela pode ser feita em vários tamanhos e ser compacta. Com uma grande demanda por modelos elétricos na indústria automotiva ao redor do mundo e as vendas sempre altas de smartphones e outros aparelhos, surgiram aumentos de preços das matérias primas, como é o caso do lítio. De acordo com a Bloomberg, o preço das baterias para carros elétricos cresceu cerca de 35% no último ano.

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Além do lítio, níquel e cobalto também demonstram alta em seus preços de mercado

Além do lítio, as baterias da indústria automotiva utilizam níquel, cobalto e outros metais. O site Mining.com afirmou que o preço do cobalto duplicou no começo desse ano, quando comparado com o mesmo período do ano ado. O níquel ficou 15% mais caro no mesmo período. Ainda existe o desafio da mineração e refinamento do lítio, como a concentração geográfica desse elemento.

Para as baterias da indústria automotiva, é necessário utilizar um tipo diferente de lítio, que é cinco vezes mais caro que o comum, geralmente utilizado em smartphones, por exemplo. Toda essa bola de neve de aumentos resultarão em preços mais caros para o segmento de carros elétricos.

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Alguns fabricantes, como é o caso da Toyota, estão criando baterias de estado sólido para carros elétricos e híbridos. Esse tipo de bateria é mais leve e também mais segura, não tendo risco de incêndio, além de utilizar menos metais raros e caros na produção.

Crise dos semicondutores: Mais um ime na indústria automotiva

A crise dos semicondutores começou em 2020, quando a pandemia provocou o isolamento dos consumidores no mundo todo, fazendo com que as vendas de aparelhos eletrônicos aumentasse e as de carros elétricos e a combustão diminuíssem, causando um grande gargalo na indústria automotiva.

Diversas empresas fornecedoras do produto afirmam que a escassez de chips deve permanecer ao longo deste ano. Para piorar ainda mais o cenário, nos últimos meses, vários fabricantes tiveram que paralisar suas produções devido a um novo surto de contágio pelas variantes da Covid-19.

Tesla planeja comprar grafite de Moçambique para diminuir dependência da China

A Tesla anunciou que começará a comprar grafite, um dos materiais usados na produção de baterias para carros elétricos, em Moçambique, na África. Isso para depender menos da China, que é um dos principais mercados que dominam nesse segmento.

A montadora comprará o minério da planta de processamento da Syrah em Vidalia, no estado da Louisiana, que oferece o material de sua mina em Balama, em Moçambique.

As baterias de carros elétricos comuns utilizam óxidos metálicos de cobalto, níquel, ferro, grafite, manganês, óxidos de titânio e sílica, além de outros elementos químicos. O desejo da Tesla de não depender do grafite chinês é tanto que a empresa afirma que comprará 80% do que a planta na África produz, a partir de 2025.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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