Em um seminário promovido pelo jornal Folha de S.Paulo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, abordou a queda dos juros futuros no Brasil e em outros países da América Latina.
Ele ressaltou que nos países que iniciaram o processo de elevação dos juros antes, como México, Chile, Colômbia e Brasil, os mercados já precificam a queda dos juros. Alguns países onde os juros subiram menos, ainda mantêm o precificação de aperto monetário. Campos Neto frisou que a queda nos núcleos de inflação tem sido um embate na América Latina.
Ele afirmou que nos países avançados, as inflações núcleas (excluindo os preços voláteis, como alimentos e energia) estão no máximo e voltaram a subir, enquanto no Brasil e em outros países da América Latina a queda não foi significativa.
A queda dos juros na América Latina, inclusive no Brasil, tem sido motivo de preocupação para investidores e economistas em geral
A precificação da curva de juros futuros nesses países tem sido uma realidade, de acordo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
-
O que é a ferrovia chinesa que vai ‘rasgar’ o Brasil? Entenda esse projeto
-
A estrada que some no mapa: por que uma das principais rodovias (BR) nunca foi pavimentada de verdade?
-
Essa é a única ponte rodoferroviária de 2 andares do Brasil
-
A obra de R$ 1 bilhão que pode revolucionar as rodovias deste estado brasileiro
Em um seminário promovido pelo jornal Folha de S.Paulo, Campos Neto afirmou que a precificação da curva de juros é um reflexo do processo de elevação dos juros que iniciou em alguns países antes, como México, Chile, Colômbia e Brasil. Entretanto, ele ressaltou que alguns países onde os juros subiram menos ainda mantêm a precificação de aperto monetário.
Campos Neto evidenciou a queda nos núcleos de inflação na América Latina, que é objeto de grandes embates. Segundo ele, nos países avançados as inflações núcleas (que excluem preços voláteis, como energia e alimentos) estão no máximo e voltaram a subir.
Ele lembrou que a demanda de bens e energia aumentou após o impulso fiscal da pandemia, o que gerou um choque no mercado. A tendência de volta ainda é distante, mas segundo Campos Neto, essa situação não é interpretada como inflação de oferta, mas sim comprometida por fatores de demanda.
O Brasil e outros países da América Latina precisam ficar atentos à precificação de queda dos juros nos mercados, uma vez que isso poderá afetar a economia em geral, bem como os investimentos e o mercado financeiro. A queda dos núcleos de inflação, apesar de não ser considerada muito significativa na América Latina, deve ser avaliada com atenção, pois pode impactar os preços de mercado e a economia em geral.
Autonomia formal do Banco Central
Outro assunto relevante discutido pelo presidente do Banco Central no seminário foi sobre a aprovação da autonomia formal do BC. Segundo Campos Neto, a aprovação foi uma “luta árdua”, exigindo conversas longas com parlamentares e com o governo e, após a judicialização do assunto, com o Supremo Tribunal Federal (STF).
Em fevereiro de 2021, o Congresso Nacional aprovou a autonomia do BC, mas o assunto precisou ser confirmado no STF em agosto do mesmo ano. A autonomia formal do Banco Central traz mais independência para a instituição e maior estabilidade econômica para o país. Com a autonomia, o BC pode elaborar e executar sua política monetária de forma mais independente, sem interferência política ou de terceiros.
A precificação da queda dos juros nos mercados da América Latina é uma realidade que preocupa investidores e economistas em geral. O tema abordado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, traz à luz a necessidade de atenção e cautela por parte dos investidores e da sociedade em geral.
Comentários fechados para esse artigo.
Mensagem exibida apenas para es.