O primeiro túnel submerso do Brasil promete mais mobilidade para a região, mas traz impactos ambientais graves. Com o desmatamento de manguezais e áreas protegidas da Mata Atlântica, o projeto ameaça a vida marinha e compromete a qualidade do ar e da água, preocupando especialistas e moradores locais.
O projeto do primeiro túnel submerso do Brasil, previsto para ligar as cidades de Santos e Guarujá, desperta muita curiosidade e esperança para melhorar a mobilidade local.
Mas por trás dessa grande obra de infraestrutura, que promete ser uma solução para o trânsito na região, há um preço ambiental e social que preocupa especialistas e moradores.
Os impactos vão desde o desmatamento de áreas protegidas da Mata Atlântica até o risco de contaminação de águas costeiras, ameaçando a vida marinha e até o turismo.
-
Com quase novecentas indústrias ativas, cidade se torna o maior polo industrial deste estado brasileiro
-
Petrobras baixa preço dos combustíveis, mas tem um problema: redução não chega no consumidor e governo vê indícios de fraudes
-
Vendas crescem 13% e mercado imobiliário do Ceará movimenta mais de R$2,1 bilhões até abril
-
Construção civil lidera geração de empregos na indústria catarinense em 2025
Impacto ambiental e desmatamento
Conforme detalhado no Relatório de Impacto Ambiental (Rima) elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) a pedido do Governo do Estado, a construção do túnel prevê o desmatamento de 105 mil metros quadrados de Mata Atlântica, incluindo manguezais e vegetação de restinga em diferentes estágios de preservação.
Esse número equivale a aproximadamente dez campos de futebol e inclui 44 mil metros quadrados de mangue, que serão aterrados, incluindo áreas dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra de Santo Amaro.
Nesse local, será necessário desmatar 3.640 metros quadrados de mangue, o que preocupa ambientalistas pela importância desses ecossistemas para a biodiversidade e a proteção costeira.
O Diário do Litoral destaca que, além da remoção de vegetação nativa, a obra pode afetar a alimentação das tartarugas-verdes (Chelonia mydas), principalmente os animais jovens, que dependem da disponibilidade de algas.
O risco aumenta à medida que o projeto avança e pode prejudicar a sustentabilidade de várias espécies marinhas da região.
Risco para a vida marinha
Além do impacto sobre a vegetação, a obra trará sérias implicações para a fauna marinha.
De acordo com a FIPE, a construção aumentará a turbidez da água no Estuário devido à dragagem do assoalho marinho, que suspenderá sedimentos contaminados, incluindo metais pesados despejados por indústrias de Cubatão ao longo de décadas.
Esse movimento coloca em risco a balneabilidade das praias de Santos e a saúde dos animais que habitam a região.
O aumento da turbidez, segundo o Diário do Litoral, também eleva o risco de colisões de botos, golfinhos e baleias com embarcações, uma vez que a visibilidade reduzida dificulta a navegação segura desses animais.
Para os turistas e moradores locais, o projeto apresenta uma ameaça indireta ao ecoturismo, pois o contato com a vida marinha e a preservação ambiental são atrativos da região.
Túnel e os problemas de poluição e poeira
Outro ponto de preocupação destacado no Rima são os níveis de poluição do ar e da água que podem aumentar com a construção.
O documento explica que a obra gerará uma quantidade significativa de poeira suspensa em função das escavações, demolições e transporte de materiais.
Além disso, o uso de asfalto e misturas químicas para pavimentação das vias de o aumentará a emissão de dióxido de nitrogênio (NO2) e dióxido de enxofre (SO2), poluentes que afetam diretamente a qualidade do ar em Santos e no Guarujá.
O Diário do Litoral aponta que o barulho e as vibrações das máquinas poderão ser sentidos nas proximidades do local de construção, impactando a tranquilidade e qualidade de vida dos moradores dos bairros próximos.
A FIPE alerta ainda que esses ruídos podem causar recalque nos imóveis lindeiros, gerando prejuízos estruturais e preocupações para a população local.
Contaminação do lençol freático
A FIPE alerta para o risco de contaminação do lençol freático da região, um problema que pode ter efeitos de longo prazo para o meio ambiente e a saúde pública.
De acordo com o relatório, os sedimentos removidos durante o processo de dragagem e instalação dos módulos de concreto do túnel contêm materiais pesados que podem penetrar no solo e comprometer a qualidade da água subterrânea.
A possibilidade de contaminação do lençol freático é um aspecto que a Cetesb, órgão responsável pelo licenciamento ambiental, terá de monitorar com rigor ao longo da obra.
Segundo o Diário do Litoral, esse risco é motivo de atenção não apenas para os órgãos de proteção ambiental, mas também para a população que utiliza a água subterrânea para consumo doméstico.
Interrupção das atividades portuárias
Durante as etapas de construção, o tráfego no Canal do Estuário será parcialmente interditado.
O projeto do túnel prevê a instalação de módulos celulares e reaterro para garantir a segurança da estrutura.
No entanto, essa interrupção temporária pode afetar a logística portuária, exigindo que cargas sejam redirecionadas para outros portos do Sudeste e Sul do Brasil.
Segundo o Diário do Litoral, essa redistribuição pode gerar custos extras para empresas e interferir na rotina de trabalho do porto de Santos, um dos mais movimentados do país.
Futuro da obra e análises em andamento
O Relatório de Impacto Ambiental elaborado pela FIPE reúne nove especialistas, entre engenheiros, biólogos, sociólogos e geólogos.
O documento segue em análise pela Cetesb, que realiza consultas públicas e recebe contribuições para avaliar as condições ambientais da obra.
Em nota, a Secretaria de Estado de Parcerias em Investimentos afirmou que “os estudos de impacto ambiental relacionados ao Túnel Santos-Guarujá estão sendo analisados pela Cetesb no âmbito da consulta pública, com base nas contribuições recebidas nas audiências e nas atualizações recentes do projeto”.
Diante das controvérsias e preocupações ambientais, o túnel Santos-Guarujá levanta a questão: até que ponto vale sacrificar recursos naturais e comprometer a vida marinha e a saúde da população para garantir melhorias na infraestrutura?
Quais outras alternativas poderiam atender às necessidades de mobilidade da região sem comprometer o ecossistema?
Mas que VERGONHA esse projeto destruidor do que recebemos de Graça, que estudem melhor as consequências Ambientais deste projeto .
Deixa de frescura, o povo precisando trabalhar para não ar fome e esses esquerdistas como vc só pensa em natureza, vai catar coquinho estrume.
Em breve não terá mais coquinho para catar, o homem está destruindo tudo, o povo precisa trabalhar para enriquecer as empreiteiras e a indústria petrolíferas, colocando mais e mais carros nas ruas. É preciso buscar outra alternativa.
Comentarios assim mostram a realidade do brasil, uma desgraca
Brasil indo pra **** , presidência uma ****.
De fato precisava desta obra.
No decorrer d tempo tudo volta ao normal , os animais os peixes ,o caranguejo etc terão que usar máscaras kkkk
Vai tomar uma latinha de hidroxicloroquina, ler e compartilhar notícias falsas e dar likes no X. **** ou não, trabalhar todos nós temos que. Destruir o nosso planeta é só pra muito ignorantes, não sabe a importância? Sai das redes sociais e vai ler, se informar, estudar em vez de falar ****. Fala com o cérebro mano, falar com o ânus só sai ****.
Vc é doente. Aprenda (talvez consiga) a defender uma ideia com civilidade…
Não se trata de esquerda ou direita, sem a natureza não existe vida e muito menos trabalho, pensa um pouco vai, não custa nada.
Não se trata de esquerda ou direita amigão, isso são só ideologias criadas pelo homem. Sem a natureza não existe vida e muito menos trabalho e alimento para o povo, estuda um pouquinho pra saber o que impactos como esses causam nas nossas vidas.
**** tem em qualquer lugar. A gente se livra de um e logo aparece outro. Prova tá aí com tú
Esses bolsonaristas são demônios, eles querem destruir a natureza. Por isso, a prisão do **** é necessária ,pois, ele tentou dar golpe de estado.
O povo quer o **** preso já!
Esses bolsolóides, são: psicopatas, mentirosos, criadores de fake news, apoiadores da **** militar e vivem com ódio de tudo e até da natureza. Como um **** desses, tem coragem de digitar tanta ****? Chamando os outros de “esquerdistas” esse cara deveria responder na justiça, só pelo discurso de ódio. A natureza precisa ser protegida e não destruída. Por isso, a direita não pode vencer em lugar algum, pois, ela quer destruir a natureza como sempre fizeram.
Lugar de bolsonaristas é na ****.
Impacto insignificante perante ao Bioma da Mata Atlântica e mangue 0,36 ha… Isso não significa nada
Insignificante perante um bioma que quase sumiu? Estás de palhaçada, ou é falta de caráter mesmo?
Sério? Leia, se informe, estude pra não ser tão ignorante e ainda ter coragem de publicar!!!!! Santo Deus quanta ignorância!!!
Não é 0,36. É mais de 10. E o principal é a contaminação e o impacto ä vida marinha. Leia o texto todo antes de defender.
Creio que esses senhores responsáveis p relatório, são altamente qualificados e competentes, para apresentar outra solução, e rápida. Prá acabar com essa vergonha imperial.
Pq não fazem uma ponte elevada krl
Se é submerso porque desmatar a mata atlântica? Todos os túneis construído até hoje foram feitos pra não desmatar!