Pré-sal impulsiona novos marcos na extração de petróleo e gás natural em alto-mar
A produção offshore de petróleo e gás natural no Brasil atingiu um novo recorde em março de 2025, alcançando 3,716 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) apenas no pré-sal, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O resultado representa um aumento de 10,9% em comparação com março de 2024, consolidando a força da produção em águas profundas.
Operações offshore impulsionam alta histórica
As atividades offshore concentraram 97,6% da produção nacional de petróleo e 87,9% da de gás natural, conforme destacado pela ANP. A Petrobras se manteve como a principal operadora, respondendo por mais de 90% da produção total, atuando de forma individual ou em consórcios. Ao todo, 157 poços do pré-sal responderam por quase 80% do volume produzido no país.
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o crescimento da produção offshore fortalece a segurança energética do Brasil e atrai novos investimentos para o setor, com destaque para os campos da Bacia de Santos.
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Avanço no pré-sal reforça destaque do petróleo e gás natural
Somente no pré-sal, a produção de petróleo foi de 2,883 milhões de barris por dia, enquanto o volume de gás natural chegou a 132,33 milhões de metros cúbicos diários. As FPSOs Sepetiba e Guanabara, instaladas na jazida compartilhada de Mero, lideraram a produção nacional, sendo destaque em produtividade e eficiência tecnológica.
A FPSO Sepetiba produziu, em média, 174.544 barris por dia, enquanto a FPSO Guanabara registrou 11,52 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, comprovando o potencial das unidades flutuantes na produção offshore.
Eficiência marca o uso do gás natural em plataformas offshore
O índice de aproveitamento do gás natural foi de 96,5%, com 46,95 milhões de m³/d sendo aproveitados pelo mercado. A queima de gás aumentou para 5,77 milhões de m³/d, impulsionada pelo comissionamento da nova unidade FPSO Almirante Tamandaré, em fase de testes desde fevereiro. Segundo a ANP, essas variações são esperadas nesse estágio operacional.
A agência também destacou que as oscilações na produção mensal podem decorrer de manutenções programadas e entrada de novos poços em operação.
Produção offshore segue como prioridade estratégica
Com novas plataformas entrando em operação e o avanço tecnológico contínuo, o Brasil segue consolidado como potência na produção offshore. Dados da ANP e projeções da EPE indicam que o país deve manter sua posição de destaque mundial até o fim da década, especialmente com os recursos do pré-sal e os investimentos em infraestrutura marítima.