Relatório da ANP destaca desempenho da Petrobras e das plataformas offshore na produção energética nacional, com foco no pré-sal e aproveitamento do gás natural
Em março de 2025, o Brasil, portanto, alcançou um novo patamar na produção de petróleo e gás, conforme divulgado pela ANP em abril. Além disso, a produção totalizou 4,662 milhões de barris de óleo equivalente por dia, indicando avanço expressivo no setor energético nacional. Desse total, 3,716 milhões de barris (79,8%) vieram do pré-sal, o que reforça, portanto, sua importância estratégica. Consequentemente, esse resultado demonstra o sucesso técnico das operações offshore, bem como o investimento contínuo em infraestrutura energética.
Dados técnicos da produção energética em março
A produção total foi de 4,662 milhões de boe/d, sendo 3,621 milhões de barris de petróleo por dia e 165,53 milhões de metros cúbicos diários de gás natural. O pré-sal foi responsável por 3,716 milhões de boe/d, enquanto a produção offshore representou 97,6% do petróleo e 87,9% do gás extraído. O aproveitamento de gás natural foi de 96,5%, segundo dados técnicos verificados e publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Atuação do pré-sal e FPSOs na produção nacional
O campo de Tupi, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor do mês, com 780 mil barris de petróleo por dia e 39 milhões de metros cúbicos de gás natural. As plataformas FPSO Sepetiba e FPSO Guanabara, que operam na jazida compartilhada de Mero, também se destacaram entre as unidades mais produtivas de março. O desempenho operacional nessas estruturas mostra o impacto da eficiência tecnológica aplicada à produção no pré-sal brasileiro.
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Evolução mensal da produção confirma crescimento estável
Em comparação com fevereiro de 2025, os indicadores apontam para um crescimento contínuo. A produção de petróleo aumentou 3,8%, o gás natural cresceu 4,3% e o volume total de óleo equivalente subiu na mesma proporção, ando de 4,490 para 4,662 milhões de boe/d. O pré-sal teve alta de 4,3%, reforçando sua relevância para a matriz energética brasileira.
Aproveitamento de gás segue elevado, com atenção ao comissionamento
Embora o índice de aproveitamento do gás natural tenha se mantido em 96,5%, considerado alto, no entanto a queima aumentou consideravelmente. Além disso, a queima diária chegou a 5,77 milhões de metros cúbicos, o que representou um aumento de 17,5% frente ao mês anterior. Conforme divulgado, esse crescimento está relacionado ao comissionamento da FPSO Almirante Tamandaré, iniciado em 15 de fevereiro de 2025. Portanto, como o processo ainda está em fase de ajustes operacionais, a elevação era esperada, segundo nota técnica emitida pela própria ANP.
Fatores técnicos que influenciaram o desempenho do setor
O crescimento da produção em março foi impulsionado pela expansão da capacidade das FPSOs em operação e pela integração logística entre unidades de produção e transporte. Houve uso ampliado de tecnologias digitais para automação e monitoramento remoto, aliado à estabilidade operacional dos campos do pré-sal. Analistas da Agência Internacional de Energia (IEA) e da consultoria Wood Mackenzie apontam ainda a influência positiva da demanda internacional e da valorização do petróleo no mercado externo.
Participação da Petrobras foi determinante no volume total
A Petrobras foi responsável por 90,19% da produção nacional de petróleo e gás no mês de março, segundo a ANP. A estatal opera diretamente ou em parceria nos principais campos do pré-sal, com foco em inovação, eficiência e gestão técnica. A companhia manteve sua posição de liderança no setor, resultado de investimentos robustos em exploração e tecnologia ao longo dos últimos anos.
Projeções indicam expansão gradual da produção até 2030
Relatório publicado em abril de 2025 pela Agência Internacional de Energia (IEA) prevê que o Brasil poderá integrar o grupo dos cinco maiores exportadores de petróleo até 2030. A continuidade dessa expansão depende da estabilidade regulatória, do fluxo de investimentos e da adoção de práticas ambientais e operacionais que mantenham a competitividade do país. O relatório destaca também a importância de manter o equilíbrio entre exportação, consumo interno e diversificação da matriz energética. O desempenho da produção energética do Brasil em março de 2025 representa um avanço técnico consistente, impulsionado por gestão eficiente e operação estruturada no pré-sal. A Petrobras, junto a parceiros em consórcios offshore, demonstrou capacidade operacional, controle logístico e aproveitamento de recursos naturais com responsabilidade ambiental. Com base nas projeções de órgãos internacionais, o país segue em rota de crescimento gradual e sustentável, com potencial estratégico no cenário energético global.