O Projeto Cabaçal, da mineradora Meridian, vai começar a operar em 2026 com mina a céu aberto e planta de beneficiamento. São 41 milhões de toneladas em reservas, com vida útil de 10 anos e retorno ultrarrápido.
Pode anotar: o Projeto Cabaçal promete ser um dos grandes nomes da mineração nos próximos anos — e tudo isso no coração do Mato Grosso. A canadense Meridian Mining vai investir US$ 303,6 milhões (isso mesmo, mais de R$ 1,5 bilhão) para extrair ouro, prata e cobre de uma mina a céu aberto.
O projeto já está com o Estudo de Pré-Viabilidade (PFS) pronto, tem data pra começar a operar (2026!) e mira uma produção pesada com retorno financeiro tão rápido que assusta: menos de 1 ano e meio pra recuperar o investimento.
O que tem no chão de Cabaçal?
Um tesouro, literalmente. Segundo o PFS divulgado pela Meridian:
-
A maior esmeralda lapidada do planeta é do Brasil: Com mais de 11 quilos e 30 centímetros de comprimento, Teodora tem o tamanho de uma melancia e valor cercado de polêmicas
-
A descoberta de bauxita que revelou um tesouro mineral de 1,6 bilhão de toneladas e tornou o Brasil um ator estratégico no mercado global de alumínio
-
No Brasil, uma das maiores minas da América do Sul, revelou a primeira fonte kimberlítica de diamantes do continente e já faturou mais de US$ 200 milhões
-
A descoberta de nióbio em Araxá que revelou ao Brasil reservas para até 200 anos de demanda mundial e gera mais de US$ 2 bilhões anuais em exportações
- São 41,7 milhões de toneladas em reservas provadas e prováveis.
- Com 0,63 g/t de ouro → o que dá mais de 849 mil onças.
- 1,64 g/t de prata → cerca de 2,19 milhões de onças.
- 0,44% de cobre → algo como 405 milhões de libras.
Tudo isso será extraído em duas fases. Na primeira, a planta terá capacidade para 2,5 milhões de toneladas/ano. A partir do terceiro ano, a meta é subir para 4,5 milhões/ano.
Mina a céu aberto: escavadeira, suor e milhões
O Projeto Cabaçal vai usar método tradicional de lavra a céu aberto, com pré-stripping de 9 meses antes de ligar a planta. A taxa máxima de mineração será de 14,8 milhões de toneladas por ano, somando minério e estéril. É volume pra encher estádio de futebol com minério — várias vezes.
O tamanho da aposta (e do retorno)
A Fase 1 do projeto vai consumir US$ 247,9 milhões. A Fase 2, mais US$ 55,7 milhões. Tudo isso com base em preços realistas:
- Ouro: US$ 2.119/onça
- Prata: US$ 26,89/onça
- Cobre: US$ 4,16/libra
Com isso, a estimativa de retorno é quase absurda: US$ 984 milhões de VPL, com payback de 1,4 ano. Ou seja, o Projeto Cabaçal pode começar a dar lucro antes mesmo de fazer aniversário.
Impacto no Mato Grosso: economia turbinada
Além da exploração mineral, o projeto deve injetar vida nova na região:
- Empregos diretos e indiretos durante construção e operação.
- Infraestrutura local com mais estradas, transporte e logística.
- Arrecadação de tributos para o estado e municípios próximos.
E segundo a Meridian, tudo será feito com responsabilidade ambiental e social — algo que o setor mineral precisa mostrar mais vezes, aliás.