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Quando o motor dura mais que o dono: os 4 monstros da resistência disponíveis no setor automotivo brasileiro 

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 28/05/2025 às 12:11
Quando o motor dura mais que o dono: os 4 monstros da resistência disponíveis no setor automotivo brasileiro 
Foto: IA

Melhores motores de carros já vistos no mercado nacional: conheça 4 propulsores que ganharam iração e respeito de várias gerações por sua confiabilidade e durabilidade

No Brasil, onde os veículos muitas vezes permanecem nas mãos dos proprietários por muitos anos, a durabilidade do motor é um critério essencial na hora da compra. Em um cenário onde revisões caras e quebras mecânicas inesperadas são dores de cabeça frequentes, alguns motores de carros se destacam por resistirem ao tempo, ao uso intenso e até mesmo à negligência. Neste artigo, vamos apresentar os quatro melhores motores já disponíveis no setor automotivo brasileiro, conhecidos pela sua robustez, simplicidade de manutenção e capacidade de rodar centenas de milhares de quilômetros com poucos problemas mecânicos. Esses “monstros da resistência” são considerados por muitos especialistas e consumidores como os melhores motores já produzidos no Brasil.

Motor AP (Volkswagen): um verdadeiro tanque de guerra sobre rodas

Lançado em 1985 e produzido até 2013, o motor AP (Alta Performance) da Volkswagen é uma lenda da mecânica automotiva nacional. Presente em modelos como o Gol, Parati, Santana, Saveiro e Voyage, esse motor ganhou fama por sua durabilidade extrema.

Com versões que variavam entre 1.6 e 2.0 litros, o AP era sinônimo de resistência. Sua construção simples e robusta permitia fácil manutenção e alta tolerância ao uso severo. Muitos exemplares ultraaram facilmente os 300 mil km rodados com o motor ainda em bom estado de funcionamento — algo raro em muitos motores modernos, especialmente se considerados os cuidados mínimos exigidos.

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Segundo dados do Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) indicou uma estimativa de que mais de 10 milhões de unidades do motor AP continuam em circulação no Brasil. Isso mostra sua longevidade não apenas em termos de funcionamento, mas também em aceitação no mercado secundário de peças e serviços.

Além da durabilidade, outro diferencial do motor AP era a sua versatilidade, sendo utilizado tanto em veículos urbanos quanto em aplicações esportivas ou preparadas. Até hoje, entusiastas valorizam o motor em carros antigos ou em projetos de performance.

Motor Fire (Fiat): A simplicidade que conquistou o Brasil

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Se o motor AP é sinônimo de robustez, o Fire da Fiat é um exemplo de simplicidade eficiente. Lançado em 2000, o Fire (Fully Integrated Robotized Engine) foi produzido por mais de duas décadas, equipando veículos populares como Palio, Uno, Siena, Strada, Punto, Mobi e outros.

Com versões 1.0 e 1.4, o motor Fire era econômico, confiável e fácil de manter. Mesmo com tecnologias relativamente simples, foi se atualizando ao longo dos anos para se adequar a normas de emissão e consumo. O ponto alto da sua resistência está no fato de que, mesmo em uso severo e com manutenções irregulares, esse motor dificilmente apresentava falhas críticas.

Em um levantamento feito pelo Inmetro em parceria com o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), diversos modelos equipados com o Fire registraram baixos índices de consumo e manutenção, reforçando a sua reputação entre os melhores motores nacionais. Em 2023, a Stellantis anunciou que a produção do Fire se encerrará até 2025, com a chegada das normas de emissões Proconve L8. Ainda assim, seu legado permanece vivo em milhões de veículos.

No mercado de usados, veículos com motor Fire seguem valorizados, justamente pela confiança que transmitem aos compradores. Oficinas mecânicas também destacam a facilidade na obtenção de peças e na execução de reparos.

Motor Família I (Chevrolet): durabilidade com DNA global

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A General Motors introduziu o motor Família I no Brasil em 1994, inicialmente no Chevrolet Corsa. Esse motor, com origem na Opel alemã, logo conquistou o mercado por sua combinação de desempenho, economia e resistência. Durante mais de duas décadas, ele esteve presente em modelos como Prisma, Celta, Montana, Meriva e Onix.

Produzido em versões 1.0, 1.4 e 1.6, o motor Família I manteve-se competitivo por anos mesmo diante de novas gerações de motores mais modernos. Parte de seu sucesso está na padronização global da GM, o que assegurava a qualidade de fabricação e fácil o a componentes.

A manutenção simples e o histórico positivo de desempenho em diversas condições (do uso urbano ao rural) fizeram desse motor uma escolha segura tanto para frotistas quanto para motoristas particulares. Isso demonstra não apenas a longevidade do motor, mas também sua aceitação e confiança entre os brasileiros.

Motor CHT (Ford): o resistente dos anos 80 e 90

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Desenvolvido inicialmente pela Renault e posteriormente aperfeiçoado pela Ford no Brasil, o motor CHT (Compound High Turbulence) começou a ser usado na década de 1980 e equipou veículos como Corcel II, Escort, Del Rey, Pampa e Belina.

Com concepção simples e foco em economia de combustível, o CHT surpreendia pela durabilidade. Muitos dos modelos com esse motor resistiram a décadas de uso com pouca ou nenhuma retífica, desde que seguidos os intervalos básicos de manutenção.

Apesar de não ser potente, o CHT tinha torque em baixas rotações e confiabilidade mecânica, características valorizadas especialmente em veículos de trabalho. Mesmo após o fim da sua produção nos anos 90, muitos veículos ainda permanecem em circulação, principalmente em áreas rurais.

O CHT pode não estar entre os motores mais modernos, mas sem dúvida merece seu lugar entre os motores de carros mais resistentes que o Brasil já viu.

Os motores que marcaram gerações

Escolher um carro não é apenas sobre design ou potência. No Brasil, onde as condições de rodagem nem sempre são ideais e o custo de manutenção pesa no bolso do consumidor, a confiabilidade mecânica é um fator essencial. E os motores de carros destacados neste artigo — AP, Fire, Família I e CHT — representam o que há de melhor em termos de longevidade e robustez no setor automotivo brasileiro.

Esses motores sobreviveram a décadas de evolução tecnológica e, ainda hoje, são lembrados como os melhores motores em suas categorias. Não à toa, muitos modelos que os utilizam seguem valorizados no mercado de usados, provando que, às vezes, o motor dura mais que o dono.

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Claudio
Claudio
29/05/2025 07:48

Esqueceram do motor do opala.

Milton Sinval
Milton Sinval
Em resposta a  Claudio
31/05/2025 11:35

Concordo Realmente forte, e com a estrutura forte como a do opala só os AP chegam perto.
Tanto que em provas de arrancada aonde os motores são exigidos ao máximo os AP e os do opala são os preferidos!

Adriano
Adriano
29/05/2025 08:30

O motor CHT usado pela Ford na verdade é um projeto da Renault, é um motorzinho valente, se tira menos potência dele do que de um AP mas é tão durável quanto.

André Luis Valadares Sarmento
André Luis Valadares Sarmento
Em resposta a  Adriano
30/05/2025 21:46

Concordo com seu comentário, os motores CHT a álcool costumam rajar antes dos 100 mil km devido ao desgastes prematuro dos casquilhos.

Duílio
Duílio
Em resposta a  André Luis Valadares Sarmento
31/05/2025 11:38

CHT era tão bom que quando teve a fusão da autolatina ninguém queria um gol CHT… Se tinha o AP.

Renato Meireles
Renato Meireles
Em resposta a  Duílio
31/05/2025 14:36

Hoje os dois motores são tanques de guerra

roberto viana
roberto viana(@robertovianacorretorgmail-com)
Active Member
29/05/2025 09:12

e os motores Honda e Toyota?! estes sim são resistente ☺️

Marcelo De araujo
Marcelo De araujo
Em resposta a  roberto viana
30/05/2025 10:12

Concordo não tem para bater além de não dar muita manutenção 😁

Robson cesar
Robson cesar
Em resposta a  Marcelo De araujo
30/05/2025 12:10

Kkk..realmente vc vê bastante Civic e corola antigos rodando por aí….são bons ..mais a manutenção é caríssima..então não vira

Alexandre Caldeira
Alexandre Caldeira
Em resposta a  Robson cesar
30/05/2025 16:21

O público de Toyota e Honda é completamente diferente, são velhos que pegam os carros apenas para ir na padaria !

Norberto Gonçalves
Norberto Gonçalves
Em resposta a  Alexandre Caldeira
30/05/2025 16:36

Falou pouco mas falou besteira.

Junior Alves
Junior Alves
Em resposta a  Alexandre Caldeira
30/05/2025 18:48

Sabe de nada inocente kkkkk

val13oliveira@gmail.com
Em resposta a  Alexandre Caldeira
30/05/2025 21:11

Seu toba

Anderson Bondezan
Anderson Bondezan
Em resposta a  Alexandre Caldeira
31/05/2025 09:51

Kkkkkk tenho Accord V6, acelero sempre que posso, uso no meu dia a dia p trabalho. Agora está com 220 mil. Remap+Dow PIPE+Escap acredito que beira os 300cv!

Fabio
Fabio
Em resposta a  Marcelo De araujo
30/05/2025 21:37

Depende do uso, isso vale pra qualquer motor sou caminhoneiro e mecânico todos motores existe manutenção e ela sendo feita corretas tem motor pra toda vida tenho um clássic 2015 ainda uso o óleo original 5w30 e o motor está do mesmo jeito não baixa óleo e a potência cada vez melhor, tenho minhas técnicas de fazer manutenção nele não levo pra mecânico nenhum eu mesmo que fasso do meu jeito e provo pra qualquer um que meu motor é novo e vai durar muitos Kms, o segredo de um motor durar é manutenção correta sem gambiarra!

Fabio
Fabio
Em resposta a  Fabio
30/05/2025 21:40

Obs: vou pra todos os lugares no meu carro inclusive pra fora do estádio tem dia que rodo com ele 700 Km no dia e não vejo diferença nenhuma é sempre do mesmo jeito eu sei que um dia vou fazer o motor dele porque nada dura pra sempre

Milton Sinval
Milton Sinval
Em resposta a  Fabio
31/05/2025 11:43

Concordo em partes com vc, o motor do seu classic é um motor de origem opel com um excelente projeto…!
Mas não dá para vc generalizar… Na indústria tem uns projetos que não valem nada… pega um kwid tenta fzr isso que vc faz no opel que vc tem pra vc ver… Com o custo que vc tem, E o mais importante o seu motor tem sobrevida… (Retifica) Já O motorzinho do kwid a sobrevida já é bem limitada! Bem mesmo… e assim acontece com a maioria dos novos produtos que estão sendo oferecidos atualmente.

Janio Cesar Albuquerque Lima
Janio Cesar Albuquerque Lima
Em resposta a  Fabio
31/05/2025 18:55

Concordo plenamente

Nelson Rampelotti
Nelson Rampelotti
Em resposta a  roberto viana
30/05/2025 12:51

Minha mulher tem um J3 1.5, segunda geração, dizem que é o mesmo motor da Toyota, o vvt, não sei, mas o bicho já está com quase 400 mil e nunca foi mexido.

Alessandro
Alessandro
Em resposta a  roberto viana
30/05/2025 19:41

Não no Brasil. São carros para quem tem condições de fazer as revisões em dia.
Caro!

Xhxx
Xhxx
Em resposta a  Alessandro
31/05/2025 10:25

Da o butico ninguém quer, agora falar de carrinho vixiii

Renato
Renato
Em resposta a  roberto viana
31/05/2025 10:36

Verdade, esses são duráveis, más aqui eles só colocaram motores fabricados aqui no Brasil 👍

Janio Cesar Albuquerque Lima
Janio Cesar Albuquerque Lima
Em resposta a  Renato
31/05/2025 18:58

Tenho um polo 1.6 com motor EA111 com 160000 e ainda muito potente

Ricardo TESCH
Ricardo TESCH
Em resposta a  roberto viana
01/06/2025 20:20

Esses são ótimos motores, Honda e Toyota, mas a reportagem se refere aos antigos motores feitos no Brasil. Honda e Toyota são mais recentes! Mais recentes, falaria também dos Ford Rocan 1,6 outro tanque de guerra!

Débora Araújo

Escrevo sobre energias renováveis, automóveis, ciência e tecnologia, indústria e as principais tendências do mercado de trabalho. Com um olhar atento às evoluções globais e atualizações diárias, dedico-me a compartilhar sempre informações relevantes.

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