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Quanto custa contratar um funcionário em 2025 com o salário mínimo de R$ 1.518

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 24/05/2025 às 11:25
contratar um funcionário
Foto: Reprodução

Abrir uma empresa, manter as contas em dia e ainda expandir o time são desafios comuns para pequenos e médios empreendedores. No Brasil, um dos principais obstáculos enfrentados é o custo real de manter um trabalhador com carteira assinada. Embora o salário mínimo seja o ponto de partida, os encargos e benefícios obrigatórios fazem com que o valor final seja muito maior do que se imagina. Por isso, entender todos os custos envolvidos ao contratar um funcionário é essencial para evitar surpresas no orçamento e garantir a sustentabilidade do negócio

Para muitos pequenos empresários, contratar um funcionário com carteira assinada pode parecer simples à primeira vista.

O salário mínimo é conhecido — em 2025, está fixado em R$ 1.518 — mas o custo real para o empregador vai muito além disso.

Quando somamos encargos, benefícios obrigatórios e provisões legais, o valor mensal que sai do caixa da empresa sobe consideravelmente.

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Um levantamento feito com base nesse novo piso mostra que o custo real de um funcionário pode ultraar os R$ 2.300 por mês.

Salário não é o único valor que pesa na hora de contratar um funcionário

O salário fixado por lei é o ponto de partida. A partir dele, o empregador precisa arcar com obrigações como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o INSS patronal, o vale-transporte e as provisões para férias e décimo terceiro. Esses valores são obrigatórios e precisam ser considerados desde o início da contratação.

No caso do FGTS, a alíquota é de 8% sobre o salário. Isso representa R$ 121,44 mensais. Já o INSS patronal pode variar de 3% a 20%, dependendo do setor e do regime tributário da empresa.

Para este cálculo, foi utilizada a média de 10%, que corresponde a R$ 151,80. Somente com esses dois encargos, o custo adicional já soma R$ 273,24.

Vale-transporte: um benefício com abatimento parcial

Outro custo importante é o vale-transporte. Supondo que o trabalhador use R$ 10 por dia útil e trabalhe 24 dias por mês, o total seria de R$ 240,00.

Porém, o empregador pode descontar até 6% do salário do colaborador. Isso dá R$ 91,08, o que reduz o valor pago pelo empregador para R$ 225,60.

Mesmo com o abatimento, esse benefício pesa no orçamento da empresa, especialmente em setores que trabalham com margens apertadas, como comércio e serviços.

Provisões obrigatórias também entram na conta

Embora não sejam pagas todos os meses, as provisões para férias e décimo terceiro precisam ser consideradas mensalmente no planejamento financeiro da empresa. Isso evita surpresas no fim do ano ou no momento da concessão das férias.

A provisão de férias mensais é de R$ 126,50. Além disso, o empregador deve reservar R$ 42,17 referentes ao adicional de um terço constitucional.

Ainda é necessário calcular o FGTS sobre as férias (R$ 13,49) e o INSS correspondente (R$ 16,86). Já para o décimo terceiro salário, o valor a ser provisionado é o mesmo do salário base, ou seja, R$ 126,50 por mês, mais R$ 10,12 de FGTS e R$ 12,65 de INSS.

Somando todas essas provisões, o empregador precisa guardar R$ 348,29 mensalmente para cada funcionário. Mesmo que esse dinheiro só saia do caixa em datas específicas, ele representa um custo mensal invisível que precisa ser bem planejado.

Soma final: mais de R$ 2.365 por mês

Ao juntar todos esses valores — salário, encargos, benefícios e provisões —, o custo mensal de um único funcionário com salário mínimo chega a R$ 2.365,13. Isso representa um valor 55% maior do que o salário base.

Esse cálculo é fundamental para quem pensa em expandir o negócio ou contratar sua primeira equipe. Ignorar esses encargos pode gerar sérios problemas financeiros, incluindo multas e inadimplência com obrigações trabalhistas.

Planejamento é a chave para não errar

Para pequenos empreendedores, esse número pode parecer assustador, mas não significa que contratar seja inviável. O importante é fazer o planejamento certo, considerando todos os encargos desde o início e evitando surpresas desagradáveis.

Também é fundamental buscar orientação contábil especializada para adaptar a empresa ao regime tributário mais vantajoso e garantir que todos os encargos estejam sendo corretamente provisionados.

No fim das contas, contratar um funcionário não é só pagar um salário.

É assumir um compromisso financeiro muito maior, que precisa ser bem compreendido para garantir a saúde do negócio e a segurança do trabalhador.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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