O preço de um carro de Fórmula 1 em 2025: valores impressionam e revelam as peças mais caras
O preço de um carro de Fórmula 1 continua sendo um dos maiores segredos (e fascínios) do automobilismo mundial. Para além da paixão pelas pistas, o valor envolvido na construção e operação desses veículos é de cair o queixo. Atualmente, as equipes precisam seguir um teto orçamentário anual de US$ 135 milhões (cerca de R$ 764,5 milhões), imposto pela FIA para nivelar a competição. A cada corrida extra além das 21 etapas, há um adicional permitido de US$ 1,8 milhão, além de US$ 300 mil para cada corrida sprint.
Quanto custa um carro de Fórmula 1 completo?
Esse limite orçamentário cobre quase todos os custos operacionais: desenvolvimento, componentes, peças de reposição e salários da maioria dos funcionários. Ficam de fora apenas os salários dos três principais executivos da equipe, os pilotos, ações de marketing e pagamentos de bônus e licenças.
A equipe Red Bull estima que o preço médio de um carro de Fórmula 1 completo gira entre US$ 12 e 15 milhões (de R$ 68 milhões a R$ 85 milhões). No entanto, há especialistas que apontam valores que podem ultraar os R$ 114 milhões, dependendo do pacote técnico e dos upgrades utilizados ao longo da temporada.
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As peças mais caras de um carro de F1
Grande parte desse custo está concentrada em três componentes principais: chassi, câmbio e motor, que juntos podem custar até US$ 10,6 milhões (cerca de R$ 60 milhões). Mas mesmo os detalhes menores têm preços altíssimos:
- Volante: US$ 50 mil (~ R$ 283 mil)
- Asa dianteira: US$ 200 mil (~ R$ 1,1 milhão)
- Pneus (cada unidade): cerca de R$ 4 mil
Essas peças são projetadas com materiais compostos como fibra de carbono e tecnologias exclusivas de altíssima precisão, o que eleva drasticamente seu valor.
É possível comprar um carro de Fórmula 1 usado?
Sim. Embora seja um sonho para poucos, carros de F1 usados podem ser adquiridos por colecionadores e bilionários. A Fórmula 1 mantém uma plataforma de leilões para venda de modelos de exibição (show cars), sem motor ou câmbio, apenas com pneus e direção funcional. Esses veículos costumam ser vendidos por valores a partir de US$ 100 mil (cerca de R$ 566 mil).
Já os modelos que realmente correram na Fórmula 1, especialmente os pilotados por lendas como Ayrton Senna ou Michael Schumacher, podem ultraar facilmente os US$ 5 milhões (mais de R$ 28 milhões), dependendo da importância histórica do carro. O mais caro já vendido foi o Mercedes W196 guiado por Juan Manuel Fangio em 1954, arrematado por cerca de R$ 180 milhões.
Como funciona um carro de Fórmula 1
Os carros de Fórmula 1 são verdadeiras obras de engenharia. Seu desempenho depende do equilíbrio entre cinco elementos essenciais: piloto, chassi, potência, pneus (aderência) e aerodinâmica (vento). Em pistas como a do GP de São Paulo, a influência do vento e das mudanças de inclinação exige ajustes finos no chassi, que é composto por suspensão, freios, direção e assoalho — como nos carros comuns, mas com materiais e configurações altamente sofisticadas.
A suspensão extremamente rígida e o curso mínimo dos amortecedores tornam o carro mais responsivo, mas também menos confortável. Por isso, o chassi precisa manter o carro na altura ideal em relação à pista, enquanto a direção deve ser precisa e os freios extremamente potentes para garantir desacelerações rápidas ao final das retas.
Sem esse conjunto ajustado corretamente, nem o melhor piloto do mundo consegue bons resultados. O que diferencia os gênios do volante é a capacidade de compensar as falhas do carro com raciocínio rápido, controle motor refinado e talento puro — fazendo a diferença onde a máquina não alcança.