Um projeto ferroviário bilionário promete revolucionar o transporte entre São Paulo e Sorocaba, com trens modernos, integração com metrô e TM, e potencial para transformar a mobilidade urbana, impulsionando o desenvolvimento econômico regional e sustentável.
Um ambicioso projeto ferroviário pode transformar a mobilidade no interior paulista e encurtar a distância entre grandes centros urbanos.
O governo do estado de São Paulo iniciou, no dia 30 de abril, uma consulta pública sobre o novo Trem Intercidades (TIC) Eixo Oeste.
A linha férrea promete conectar a capital paulista à cidade de Sorocaba em apenas uma hora, o que representa uma redução de até 50% no tempo atual de deslocamento rodoviário.
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O plano está sendo estruturado por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) e prevê um investimento total de R$ 10 bilhões.
Esse valor será aplicado na modernização de estações já existentes, na construção de novas paradas, na compra de trens modernos e na integração com as linhas do metrô, da TM e do TIC Eixo Norte.
A concessão da linha será leiloada, e a expectativa é de que a empresa vencedora seja anunciada até o fim de 2025.
Linha rápida e serviço regional
O TIC Eixo Oeste terá cerca de 100 quilômetros de extensão e será composto por dois tipos de serviço.
O primeiro será o Expresso, com menos paradas e trajeto direto entre São Paulo e Sorocaba.
O segundo será o Parador, que atenderá mais estações ao longo do percurso, oferecendo mais opções de embarque e desembarque para os usuários.
De acordo com a Secretaria de Parcerias em Investimentos, a nova linha poderá transportar até 50 mil ageiros por dia.
Além da proposta de mobilidade urbana, o projeto também poderá impulsionar o desenvolvimento econômico de cidades situadas no eixo ferroviário.
Paralelo ao TIC Norte
Enquanto isso, o TIC Eixo Norte, que ligará São Paulo a Campinas, tem enfrentado obstáculos judiciais desde 2024.
Uma ação questionava a legalidade do contrato firmado entre o governo estadual e o consórcio C2 Mobilidade, vencedor da concessão.
Apesar das controvérsias, o Tribunal de Justiça de São Paulo derrubou a liminar que impedia a do contrato, permitindo a continuidade do projeto.
Com isso, o governo reafirma sua aposta nos trens regionais como estratégia de integração urbana e fortalecimento logístico do estado.
A audiência pública do TIC Eixo Oeste está programada para ocorrer ainda em 2024, servindo como etapa anterior à publicação do edital e à realização do leilão.
Apoio federal na mira
Em coletiva realizada no dia 5 de maio, o governador Tarcísio de Freitas declarou que buscará apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar parte da obra.
A prioridade será justamente o trecho entre São Paulo e Sorocaba, que compõe o TIC Eixo Oeste.
Segundo ele, o governo estadual já mantém parcerias com o banco federal em obras importantes, como a Linha 2-Verde e a Linha 6-Laranja do Metrô, além das Linhas 8 e 9 da TM e o Rodoanel.
A intenção agora é ampliar esse modelo para incluir os trechos ferroviários dos TICs e também o túnel Santos-Guarujá.
“Levamos algumas obras para o PAC justamente para viabilizar essa parceria com o banco.
Essa cooperação já existe em empreendimentos como a Linha 2-Verde, Linha 6-Laranja, Linhas 8 e 9, além do Rodoanel.
Agora queremos estender também ao TIC Campinas-São Paulo, ao TIC Sorocaba-São Paulo, ao túnel Santos-Guarujá, e outros projetos.
Quando você trabalha com operações de crédito via BNDES, essas possibilidades se ampliam”, afirmou o governador.
O TIC Eixo Oeste já consta no Hub de Projetos do BNDES, que avalia o investimento na malha ferroviária do estado, sinalizando que a cooperação pode avançar independentemente de divergências políticas entre Lula (PT) e Tarcísio.
Mobilidade como pilar de transformação
A proposta do Trem Intercidades reflete uma tendência crescente nas políticas de mobilidade urbana: o retorno do transporte ferroviário como solução eficiente, sustentável e integrada.
Com investimentos robustos e prazos definidos, o governo de São Paulo aposta em uma malha ferroviária moderna, capaz de atender às demandas de deslocamento entre as principais cidades paulistas.
Além disso, a integração com outros modais, como metrô e ônibus intermunicipais, poderá tornar o deslocamento mais fluido e menos dependente de veículos individuais.
O sucesso do TIC Eixo Oeste pode servir de modelo para outras regiões do Brasil, que enfrentam problemas semelhantes de mobilidade, congestionamento e infraestrutura deficiente.
O que vem pela frente
Com o lançamento da consulta pública e a previsão da audiência para 2024, o projeto começa a ganhar corpo.
Até o fim de 2025, a expectativa é que a concessão seja efetivada e os primeiros os para a execução da obra sejam dados.
Caso todos os trâmites ocorram conforme o previsto, os trens podem começar a operar até o final desta década, redefinindo a relação entre São Paulo e o interior.
O projeto também está alinhado com metas de sustentabilidade, já que o transporte ferroviário consome menos energia e emite menos poluentes por ageiro do que o transporte rodoviário tradicional.
A expectativa é que a malha ferroviária ganhe novo fôlego e volte a ser um dos pilares da infraestrutura nacional.
E você, gostaria de ver mais trens conectando cidades brasileiras e reduzindo o tempo no trânsito?