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Minas Gerais atinge recorde na moagem de cana e se destaca na produção de etanol, açúcar e bioenergia sustentável em 2024/2025

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 16/05/2025 às 10:39
Recepção de cana em usina com caminhões descarregando matéria-prima para produção de etanol
Imagem mostra o pátio de recepção de cana em uma usina sucroalcooleira, com destaque para os caminhões e o volume de cana-de-açúcar processada.

Com 83,1 milhões de toneladas processadas, estado se consolida como o segundo maior produtor de cana e prevê ajustes estratégicos para 2025/2026

No dia 13 de maio de 2025, a Siamig (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais) apresentou os resultados da safra 2024/2025. De acordo com a entidade, Minas Gerais processou 83,1 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, configurando um volume recorde desde o início da série histórica. Esse desempenho posiciona o estado como o segundo maior produtor nacional, atrás apenas de São Paulo. Apesar da estiagem prolongada e dos focos de incêndio entre setembro e dezembro de 2024, a indústria manteve estabilidade produtiva por meio de tecnologias e planejamento.

Produção de açúcar tem leve crescimento em meio a desafios

Conforme dados técnicos da Siamig, a produção de açúcar chegou a 5,6 milhões de toneladas, um aumento de 3,2% em relação à safra anterior. Usinas destinaram mais de 50% da cana moída à produção de açúcar, mantendo a consistência do setor mesmo com as condições climáticas desfavoráveis. Em março de 2025, a Emater-MG registrou oficialmente o encerramento da safra, apontando produtividade estável em boa parte das regiões produtoras.

Etanol hidratado apresenta avanço, enquanto anidro recua

A produção total de etanol foi de 3,4 milhões de metros cúbicos, segundo a Siamig. Desse total, 2,2 milhões de metros cúbicos corresponderam ao etanol hidratado, que cresceu 13,9% em relação ao ciclo anterior. Em contrapartida, o etanol anidro sofreu retração de 9,3%, atingindo 1,2 milhão de metros cúbicos. A recuperação do hidratado compensou parcialmente a queda do anidro, refletindo mudanças na demanda do mercado interno.

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Condições climáticas exigiram adaptação da indústria

Entre setembro e dezembro de 2024, Minas enfrentou mais de 100 dias sem chuvas significativas, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Além disso, a Defesa Civil registrou ocorrências de incêndios em regiões canavieiras. Apesar disso, o setor conseguiu adaptar-se com uso de irrigação localizada, automação agrícola e previsão meteorológica aplicada à colheita. Essas medidas minimizaram perdas e evitaram impactos estruturais na safra.

Projeções para 2025/2026 são moderadas e técnicas

Para a safra 2025/2026, a Siamig estima uma moagem de 77,2 milhões de toneladas, queda de 7,1% em comparação ao ciclo anterior. Segundo a associação, o impacto será decorrente da seca acumulada durante o início de 2025. Em contrapartida, a área plantada deve crescer 9,8%, chegando a 1,23 milhão de hectares, conforme estimativas da Emater-MG. Essa expansão sugere uma tendência de recuperação gradual e continuidade nos investimentos do setor.

Divisão da produção aponta equilíbrio entre açúcar e etanol

Os dados para 2025/2026 indicam que 52,4% da cana será destinada ao açúcar, enquanto 47,6% será destinada ao etanol. A produção estimada é de 5,32 milhões de toneladas de açúcar e 3 bilhões de litros de etanol, mantendo níveis semelhantes aos da safra anterior. Especialistas da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) apontam que a estratégia do mix considera a volatilidade dos mercados e a busca por estabilidade no fornecimento.

Setor sucroenergético mineiro impulsiona empregos e economia nas regiões produtoras de cana

Segundo o IBGE, o setor sucroenergético está presente em 110 municípios mineiros e conta com 28 unidades industriais ativas. Juntos, esses polos empregam aproximadamente 190 mil pessoas direta e indiretamente, impactando positivamente a economia local. O efeito multiplicador da cadeia produtiva também fortalece os segmentos de logística, manutenção, transporte e insumos agrícolas.

Etanol continua Etanol permanece como solução limpa gerada pela moagem de cana em Minas Gerais

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o etanol emite até 90% menos CO₂ que a gasolina, reforçando seu papel como alternativa de baixo impacto ambiental. A ampliação do uso de biocombustíveis é parte das metas nacionais de descarbonização e segurança energética. Nesse contexto, Minas Gerais contribui com matriz diversificada, associando produtividade à sustentabilidade de forma comprovada.






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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e s, faça contato no e-mail: [email protected].

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