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Revelada o objeto mais rápido do mundo! Foguete nuclear ‘Sunbird’ movido a fusão nuclear promete chegar em Marte no tempo recorde

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 05/04/2025 às 19:43
Atualizado em 06/04/2025 às 00:40

Uma startup britânica quer revolucionar a exploração espacial com o foguete nuclear mais rápido da história. Movido por fusão, o Sunbird pode chegar a Marte em tempo recorde e levar espaçonaves até Plutão em apenas 4 anos! A nova era das viagens interplanetárias está prestes a começar – e promete mudar tudo o que conhecemos!

Startup britânica desenvolve motor de fusão nuclear que pode atingir até 805 mil km/h; primeira missão está prevista para 2027

Um foguete revolucionário, movido a fusão nuclear, promete transformar o futuro das viagens espaciais ao cortar pela metade o tempo necessário para chegar a Marte.

Segundo a Pulsar Fusion, empresa sediada no Reino Unido, o projeto batizado de “Sunbird” poderá iniciar testes já em 2027, abrindo caminho para missões interplanetárias muito mais rápidas e eficientes do que as atuais.

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A tecnologia, inspirada na mesma reação que alimenta o Sol e outras estrelas, está sendo financiada pela Agência Espacial do Reino Unido e promete acelerar espaçonaves a impressionantes 805 mil quilômetros por hora, uma velocidade superior à da sonda Parker Solar Probe, da NASA, que atualmente detém o recorde com 692 mil km/h.

O que é o foguete Sunbird?

Projetado para operar como um “trem espacial”, o Sunbird foi concebido com a capacidade de se acoplar a espaçonaves em órbita, impulsionando-as até seus destinos em velocidades nunca antes experimentadas por humanos.

O motor do foguete utiliza um reator de fusão nuclear em design linear — diferente dos tradicionais reatores circulares terrestres — o que permite que partículas altamente energéticas escapem em linha reta, gerando o impulso necessário.

De acordo com informações divulgadas por José Casado, da Revista Veja, e confirmadas pela Pulsar Fusion, simulações indicam que o motor poderia levar uma carga de mil quilos até Plutão em apenas quatro anos, algo que hoje demoraria cerca de uma década com a tecnologia disponível.

Apesar do entusiasmo, o Sunbird ainda se encontra nos estágios iniciais de desenvolvimento e enfrenta obstáculos consideráveis.

Um dos maiores desafios é a miniaturização dos equipamentos necessários para controlar a fusão nuclear, tradicionalmente pesados e volumosos nos experimentos realizados na Terra.

Sunbird, foguete movido a fusão nuclear que promete reduzir pela metade o tempo de uma viagem da Terra a Marte nos próximos anos. (Pulsar Fusion/Divulgação)

Fusão nuclear: a energia do futuro?

Diferente da fissão nuclear — processo usado em usinas nucleares terrestres —, a fusão nuclear une dois átomos leves, como o hidrogênio, formando um átomo mais pesado e liberando grandes quantidades de energia, sem os resíduos radioativos perigosos da fissão. Essa reação é a mesma que ocorre naturalmente no interior do Sol.

Embora cientistas venham buscando há décadas um modo de tornar essa energia viável na Terra, até hoje nenhum reator de fusão conseguiu produzir mais energia do que consome.

No entanto, a proposta da Pulsar Fusion aposta que o vácuo do espaço sideral oferece um ambiente mais propício para reações de fusão estáveis e eficientes.

“A fusão não quer trabalhar em uma atmosfera. O espaço é um lugar muito mais lógico e sensato para fazer fusão, porque é onde ela quer acontecer de qualquer maneira”, afirmou Richard Dinan, fundador e CEO da Pulsar Fusion.

Potencial para acelerar a exploração espacial

Se o projeto for bem-sucedido, o foguete Sunbird poderá não apenas revolucionar a forma como os humanos exploram o Sistema Solar, mas também reduzir consideravelmente os custos das missões espaciais.

Viagens mais rápidas significam menos tempo de exposição à radiação cósmica para astronautas, menor necessidade de suprimentos e maior viabilidade de retorno.

Além de Marte, outros destinos se tornariam mais íveis com esse tipo de propulsão. A NASA, por exemplo, já estuda missões para Júpiter e Saturno com sondas autônomas, mas os prazos atuais ultraam 10 anos. Com um foguete de fusão, essa jornada poderia cair para menos da metade.

Especialistas do setor aeroespacial veem com otimismo o avanço da Pulsar Fusion, mas também com cautela.

A tecnologia de fusão, embora promissora, ainda depende de uma série de testes rigorosos para garantir sua segurança, controle e eficiência no ambiente espacial.

Viagens mais rápidas e seguras

Caso a missão de 2027 ocorra conforme o planejado, ela poderá marcar um divisor de águas na exploração espacial moderna.

O principal diferencial está na possibilidade de transformar longas viagens de anos em trajetos de poucos meses, tornando viável, por exemplo, o envio de suprimentos, robôs e equipamentos de pesquisa de forma contínua e escalável.

Além do Reino Unido, outros países também têm investido no desenvolvimento de propulsores avançados.

Nos Estados Unidos, a DARPA e a NASA trabalham juntas no DRACO, um protótipo de foguete nuclear térmico previsto para testes em órbita até 2027. Já a China anunciou planos ambiciosos para propulsão elétrica e também nuclear em missões futuras.

A competição por tecnologias de propulsão avançada é vista como crucial para a nova corrida espacial — desta vez voltada à exploração profunda do Sistema Solar e, no futuro, até além.

E se o futuro já estiver mais perto do que imaginamos?

O foguete Sunbird não apenas promete velocidades estonteantes, como também reacende o debate sobre o papel da fusão nuclear como solução energética limpa e eficiente para o futuro da humanidade.

Se funcionar como esperado, o projeto britânico poderá impulsionar não só espaçonaves, mas também novas formas de pensar a ciência e a engenharia de ponta.

Em 2023, cientistas dos EUA conseguiram um avanço inédito ao alcançar uma reação de fusão com saldo energético positivo por frações de segundo, o que mostra que a energia das estrelas pode, sim, estar ao nosso alcance — dentro ou fora da Terra.

A expectativa, agora, é que os próximos dois anos tragam testes de bancada mais robustos e, quem sabe, a confirmação de que é possível sair da órbita terrestre rumo a Marte em menos de três meses.

E você, acha que a fusão nuclear vai mudar o rumo da exploração espacial ou ainda estamos sonhando alto demais? Comente abaixo!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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