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Rio Grande do Norte inaugura usina fotovoltaica para estudar impactos climáticos na energia solar

Publicado em 17/04/2025 às 19:04
Com investimento de R$ 5,4 milhões, usina solar fotovoltaica no Rio Grande do Norte foca em pesquisas sobre clima extremo.
Com investimento de R$ 5,4 milhões, usina solar fotovoltaica no Rio Grande do Norte foca em pesquisas sobre clima extremo. Imagem: CANVA

Com investimento de R$ 5,4 milhões, usina solar fotovoltaica no Rio Grande do Norte foca em pesquisas sobre clima extremo.

O Rio Grande do Norte acaba de inaugurar uma usina fotovoltaica piloto com o objetivo de estudar como eventos climáticos extremos afetam a geração de energia solar. Com investimento de R$ 5,4 milhões, a estrutura é resultado de uma parceria entre o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e a TotalEnergies, e deve entrar em operação no segundo semestre deste ano.

Instalada em Natal, a usina possui 380 módulos solares com diferentes tecnologias distribuídos em uma área de 4,4 mil m². Além da geração de energia, a planta terá função científica: avaliar fenômenos como a irradiância intensa, que pode causar superaquecimento e danificar equipamentos solares.

Usina solar fotovoltaica no Rio Grande do Norte

A nova usina fotovoltaica funciona como um grande centro experimental. A estrutura foi projetada para permitir testes em condições reais, conectada à rede elétrica do ISI-ER.

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O projeto conta com 17 pesquisadores e financiamento da ANP. Imagem: Adriano Abreu
O projeto conta com 17 pesquisadores e financiamento da ANP. Imagem: Adriano Abreu

O grande diferencial está na diversidade tecnológica instalada. São usados tanto módulos monofaciais quanto bifaciais, com diferentes tipos de inversores, permitindo comparações entre os desempenhos.

Além disso, a usina conta com uma estação meteorológica de ponta, que fornecerá dados em tempo real sobre radiação solar, temperatura e outros fatores climáticos.

Por que estudar a irradiância?

Um dos focos centrais do projeto é o estudo da irradiância concentrada, um fenômeno que ocorre quando nuvens densas am e, logo em seguida, a luz solar incide de forma intensa sobre pontos específicos da usina.

Esse efeito pode gerar “hot spots” — áreas de superaquecimento que comprometem a vida útil dos equipamentos solares.

Segundo Samira Azevedo, pesquisadora do ISI-ER, esse tipo de evento era pouco compreendido até poucos anos atrás

“Naquela época, nós não entendíamos se esse tipo de evento [a irradiância] poderia causar algum dano às usinas fotovoltaicas, mas, a verdade é que, apesar de ocorrer em alguns minutos, quando a irradiância é muito intensa, é bastante provável que equipamentos sejam danificados”, afirma.

Projeto de pesquisa com impacto nacional

A iniciativa envolve 17 pesquisadores e conta com apoio da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A expectativa é que os dados coletados ajudem a tornar os sistemas fotovoltaicos mais seguros e eficientes, inclusive para pequenas instalações residenciais.

O conhecimento gerado será inicialmente reado à TotalEnergies e, em seguida, compartilhado com o mercado, contribuindo para a evolução da tecnologia solar no Brasil.

Energia solar e inovação no Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte já é destaque nacional na produção de energia eólica. Agora, com o avanço em pesquisas no campo da energia solar, o estado reforça seu papel como polo de inovação em energias renováveis.

Essa usina piloto representa um marco não apenas para o estado, mas para todo o setor energético do país. Ela alia ciência, tecnologia e sustentabilidade para enfrentar desafios reais — como os impactos das mudanças climáticas sobre a geração de energia limpa.

O desenvolvimento da usina fotovoltaica em Natal mostra como o Rio Grande do Norte está investindo em soluções para garantir um futuro energético mais resiliente e sustentável.

Ao estudar fenômenos extremos, o projeto ajuda a proteger investimentos e a melhorar a confiabilidade das usinas solares em todo o Brasil.

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Andriely Medeiros de Araújo

Sou graduanda e atuo como redatora no Click Petróleo e Gás, onde escrevo sobre vagas, concursos, cursos, indústria e temas relacionados. Com cerca de dois anos de experiência na área, já publiquei mais de 3.500 artigos em diversos sites e, diariamente, me dedico a produzir conteúdos informativos e verídicos. Tenho uma grande paixão pela escrita, leitura e cinema.

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