Rodovias da Rota da Celulose arão a ter pedágios que podem chegar a R$ 91,20. A nova concessão promete maior fluidez no trânsito, mas os valores assustam.
Um novo projeto de concessão de rodovias em Mato Grosso do Sul pode transformar a vida dos motoristas que trafegam pela chamada ‘Rota da Celulose’.
Embora a promessa seja melhorar a fluidez e a segurança nas estradas, os valores do pedágio já começam a levantar dúvidas e preocupações.
Quem dirige pelas rodovias MS-040, MS-338, MS-395, BR-262 e BR-267 pode esperar tarifas que variam de R$ 4,47 até impressionantes R$ 91,20, dependendo do tipo de veículo e da forma de pagamento escolhida.
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Isso tudo, claro, caso o leilão de concessão marcado para dezembro seja concluído sem surpresas.
De acordo com o edital aprovado pela istração estadual, o critério de escolha da empresa responsável pela concessão será a menor tarifa oferecida, mas o teto estabelecido já deixa muitos com o pé atrás.
O que realmente preocupa é a variação dos preços entre veículos de eio e caminhões, especialmente para os de maior porte, como os de seis eixos, que podem ser penalizados com o valor máximo da tarifa de R$ 91,20.
No total, são 12 pontos estratégicos de pedágio ao longo dos 870 km que compõem a rota.
O sistema de cobrança será o inovador ‘free flow’, que permite a agem sem necessidade de parar, agilizando o fluxo nas estradas.
Mas será que a conveniência vale o preço?
Com um ano para que as cobranças comecem após a do contrato, motoristas têm tempo para se preparar, mas não estão necessariamente felizes com as perspectivas.
Tarifas elevadas para veículos pesados
Quem circula com veículos de eio terá uma experiência diferente.
Conforme o método de pagamento escolhido, como o uso da tag automática, que garante 5% de desconto, as tarifas podem ser mais leves.
Para os motoristas comuns, o preço do pedágio varia entre R$ 4,47 e R$ 14,44, dependendo da localização.
Entretanto, caminhoneiros e motoristas de veículos de carga pesada vão sentir o impacto mais forte.
A praça de pedágio entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, por exemplo, terá o valor mais alto do projeto.
Nesse trecho duplicado, que se estende até a fábrica da Suzano, a tarifa para caminhões de seis eixos poderá atingir os R$ 91,20.
Segundo o edital, Nova Alvorada do Sul também terá uma das tarifas mais elevadas, chegando a R$ 90,60 para os mesmos tipos de veículos.
Em contrapartida, a praça mais barata estará localizada em Bataguassu, com tarifas que começam em R$ 4,47 para veículos leves, mas que ainda podem atingir até R$ 28,20 para caminhões.
Diferença entre rodovias estaduais e federais
A Rota da Celulose abrange tanto rodovias estaduais quanto federais, e de acordo com o edital, há uma variação nos preços dependendo da condição da pista e do número de faixas.
Para trechos de pista simples, o valor por quilômetro será de R$ 0,1613, enquanto para pistas duplicadas, o teto chega a R$ 0,2258.
Vale lembrar que esse cálculo é feito com base no tipo de veículo e na quilometragem percorrida, o que significa que motoristas que trafegam por longas distâncias em rodovias duplicadas pagarão consideravelmente mais.
Além disso, a instalação de pórticos de pedágio estará sujeita a um sistema de ajuste de acordo com o fluxo de veículos e a demanda, o que pode acarretar mudanças nas tarifas ao longo dos anos.
Conforme informações levantadas em setembro de 2024, os valores máximos, embora já causem polêmica, podem sofrer reduções de até 20% no deságio permitido pelo edital, mas não há garantias de que as empresas oferecerão tal vantagem.
Impactos econômicos e isenções
Enquanto o valor das tarifas parece ser o principal ponto de debate, é importante observar os benefícios potenciais da concessão.
O sistema free flow promete reduzir o tempo de viagem e melhorar a segurança nas estradas.
Além disso, a privatização das rodovias pode resultar em manutenção mais eficiente, aumentando a qualidade das pistas e, consequentemente, a segurança dos motoristas.
Outro ponto relevante é que alguns veículos serão isentos do pagamento de pedágio.
Entre eles estão motocicletas, motonetas, bicicletas a motor, além de veículos de emergência, como ambulâncias e carros de bombeiros.
Veículos do governo estadual também não pagarão as tarifas, assim como veículos de carga vazios, que terão isenção sobre os eixos suspensos.
Tarifas variáveis e o impacto no bolso do caminhoneiro
Se você é caminhoneiro ou depende do transporte de mercadorias, os números não são tão animadores.
A tabela divulgada mostra que, para veículos pesados, como caminhões de seis eixos, as tarifas podem chegar a até R$ 91,20.
O impacto dessa cobrança será inevitavelmente reado ao consumidor final, seja no preço dos produtos transportados ou nos custos operacionais das empresas de logística.
Vale a pena?
Com tantos valores elevados, a pergunta que não quer calar é: será que o motorista brasileiro está pronto para bancar esses pedágios tão altos em troca de um possível ganho de eficiência nas estradas?
Se por um lado há a promessa de menos congestionamento e maior segurança, por outro, os preços ainda estão longe de serem populares.
O que você acha? Vale a pena pagar até R$ 91,20 para trafegar por rodovias mais seguras, ou esse é mais um fardo financeiro que o brasileiro terá que carregar? Comente abaixo!
Para cobrarem valores pornográficos é melhor deixar d jeito que está. Será que os governos não são capazes de entender o impacto que essas tarifas tem na inflação e no custo Brasil?
Mais uma roubalheira oficializada . Free flow não aumenta segurança de coisa nenhuma e o tempo de viagem vai diminuir em quanto ? Dez minutos em 800 quilômetros ?
Absurdo, cobrar altas taxas de pedágio na rodovia, sendo que o IPVA é cobrado para manutenção delas. Dupla tarifação. Só acontece no Brasil. Devolva então o IPVA.