Novo motor de plasma russo promete acelerar viagens espaciais e reduzir tempo até Marte de 8 meses para 1. Protótipo já foi testado e usa tecnologia baseada em partículas eletricamente carregadas.
Uma viagem a Marte pode deixar de ser uma saga de oito meses e virar um bate-volta de 30 dias. Pelo menos é o que promete o novo motor de plasma desenvolvido por cientistas russos. Com ele, missões interplanetárias podem se tornar mais rápidas, seguras e até mais baratas.
Apresentado por pesquisadores ligados à estatal russa Rosatom, o motor já ou pelos primeiros testes de laboratório e chamou atenção por um detalhe impressionante: a velocidade. Ele pode atingir até 360 mil km/h, graças à aceleração de partículas eletricamente carregadas em campos eletromagnéticos.
Como funciona esse motor de plasma?
Diferente dos motores de foguetes tradicionais, que queimam combustível para gerar empuxo, o motor de plasma usa campos magnéticos para acelerar partículas de gás ionizado — ou seja, plasma. Isso gera uma força contínua que impulsiona a nave com alta eficiência, consumindo menos combustível e produzindo menos calor.
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O protótipo russo opera com 300 kW de potência média e tem como combustível principal o hidrogênio, que é leve e abundante. Esse tipo de motor já vinha sendo estudado por várias agências, como NASA e ESA, mas os russos saíram na frente ao apresentar um modelo funcional de alta potência.
De 8 meses para 30 dias até Marte
Atualmente, as missões para Marte levam de 7 a 9 meses, dependendo da posição dos planetas. Com o motor de plasma, esse tempo poderia cair para apenas 30 a 60 dias, segundo os engenheiros russos.
Além da velocidade, outro ponto importante é a segurança. Com viagens mais curtas, os astronautas ficam menos expostos à radiação cósmica e aos efeitos da microgravidade prolongada — dois dos maiores desafios em missões longas.
O que ainda falta para o lançamento?
Apesar do otimismo, o motor de plasma ainda está em estágio experimental. O próximo o é integrar esse tipo de propulsão a um sistema de geração de energia potente o suficiente para mantê-lo em funcionamento durante longas viagens. A aposta? Pequenos reatores nucleares espaciais.
A Rosatom, que lidera o projeto, já tem experiência com energia nuclear e deve conduzir testes mais avançados nos próximos anos. Se tudo correr bem, o motor pode ser usado em missões não tripuladas ainda nesta década — e quem sabe, em naves com tripulação já na década de 2030.
Por que esse motor pode mudar tudo
O motor de plasma não é só uma ideia futurista: ele pode ser o ponto de virada para tornar a exploração do sistema solar viável. Menor consumo de combustível, menos tempo de viagem, menos custo — tudo isso soma pontos quando se trata de enviar humanos para planetas distantes.
A tecnologia pode abrir caminho para viagens além de Marte. Imagine cruzar o sistema solar com prazos realistas, ou enviar sondas que alcancem asteroides, luas ou até planetas gasosos com mais eficiência.