Um laser colossal, um mistério global: energia revolucionária ou ameaça militar?
Recentemente, satélites dos Estados Unidos captaram imagens chocantes de uma estrutura monstruosa na China. O que parecia ser apenas mais uma construção se revelou um salto tecnológico sem precedentes: um centro de fusão a laser tão gigantesco que pode ser visto do espaço. Dá para acreditar?
As imagens mostram uma estrutura com quatro enormes braços, cada um abrigando compartimentos de laser apontados para um centro experimental. Especialistas em inteligência afirmam que essa instalação, localizada em Mianyang, é cerca de 50% maior do que a National Ignition Facility (NIF), o maior centro de fusão nuclear dos EUA.
O novo colosso tecnológico chinês
O centro de pesquisa de fusão a laser de Mianyang representa um marco gigantesco para a China. A fusão nuclear tem potencial para gerar energia limpa e praticamente infinita. Mas, e se esse avanço tiver também um propósito militar? Essa é a dúvida que está tirando o sono da comunidade internacional.
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No ano ado, a China revelou o Crazy Li, um laser de combate poderoso o suficiente para cortar metal e causar cegueira no campo de batalha. Agora, o novo centro de fusão sugere um nível de sofisticação ainda maior, que pode ser tanto para impulsionar a produção de energia do futuro quanto para modernizar armas nucleares.
Como funciona a fusão a laser
A fusão nuclear é basicamente a imitação do que acontece no Sol: átomos de hidrogênio se fundem e liberam uma quantidade absurda de energia. Diferente da fissão nuclear, que usamos hoje, a fusão não gera resíduos radioativos duradouros nem traz risco de explosões catastróficas. Parece perfeito, não?
O processo envolve potentes lasers disparando contra uma câmara central cheia de isótopos de hidrogênio. A altíssima pressão e temperatura fazem os átomos se fundirem, liberando mais energia do que foi usada para iniciar a reação. Mas, e o problema? A tecnologia ainda não é viável comercialmente.
Uma nova corrida tecnológica entre China e EUA
Por décadas, os Estados Unidos lideraram a pesquisa em fusão a laser, especialmente no NIF. Em 2022, cientistas americanos alcançaram um marco histórico: a primeira reação de fusão com ganho líquido de energia. Só que tem um detalhe importante — a energia gasta para alimentar os lasers ainda torna tudo inviável comercialmente.
Enquanto isso, a China avança em ritmo frenético. Analistas acreditam que o país pode estar prestes a tomar a dianteira nessa corrida. O governo chinês está despejando bilhões nessa tecnologia e, se esse novo centro de fusão der certo, eles podem se tornar os primeiros a fazer da fusão uma realidade prática. O Ocidente que se cuide.