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Sem a verba prometida, construção de fragatas brasileiras pode parar e deixar 2 mil desempregados em SC

Publicado em 05/06/2025 às 12:06
Programa Fragatas Classe Tamandaré: o projeto de R$ 9,5 bilhões para renovar a frota da Marinha do Brasil pode travar por falta de ree federal.
Programa Fragatas Classe Tamandaré: o projeto de R$ 9,5 bilhões para renovar a frota da Marinha do Brasil pode travar por falta de ree federal. Fonte: Emgepron.

Programa Fragatas Classe Tamandaré: o projeto de R$ 9,5 bilhões para renovar a frota da Marinha do Brasil pode travar por falta de ree federal.

Considerado fundamental para a renovação da frota da Marinha do Brasil, o Programa Fragatas Classe Tamandaré corre o risco de ser interrompido por falta de recursos financeiros. De acordo com a Gazeta do Povo, o governo federal ainda não efetuou o ree de R$ 3 bilhões necessários para garantir a continuidade das obras no estaleiro thyssenkrupp Brasil Sul, localizado em Itajaí (SC).

A ausência desse investimento coloca em risco a sequência do projeto e pode levar à paralisação das atividades no estaleiro, o que impactaria negativamente o setor naval e ameaçaria milhares de empregos diretos e indiretos.

Paralisação pode impactar diretamente 2 mil trabalhadores

No estaleiro da thyssenkrupp Brasil Sul, em Santa Catarina, cerca de 2 mil profissionais atuam diretamente na construção das fragatas de última geração.

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Com o atraso do financiamento federal, as demissões em massa se tornaram uma ameaça real. A estimativa é de que essas dispensas ocorram até dezembro, caso os recursos não cheguem a tempo para manter o cronograma de produção.

Segundo Gabriela Kelm, secretária de Desenvolvimento Econômico de Itajaí:

“Sem o aporte, 2 mil pessoas estarão automaticamente desempregadas em dezembro”.

Marinha aposta em navios com alta capacidade tecnológica

O Programa das Fragatas Classe Tamandaré tem como objetivo construir quatro navios de guerra modernos e altamente tecnológicos.

O investimento total do projeto gira em torno de R$ 9,5 bilhões e a execução está sob responsabilidade do consórcio Águas Azuis, formado pela thyssenkrupp Marine Systems, Embraer Defesa & Segurança e Atech, com supervisão da EMGEPRON (Empresa Gerencial de Projetos Navais).

Cada embarcação contará com 107 metros de comprimento, terá capacidade de deslocar até 3.500 toneladas e operará com um efetivo de até 130 militares.

Com armamentos sofisticados — incluindo mísseis, torpedos, canhões e sensores de última geração — as fragatas serão essenciais para fortalecer a atuação do Brasil em suas águas jurisdicionais, conhecidas como “Amazônia Azul”.

Primeira fragata já foi lançada; outras três estão em produção

A embarcação inaugural do programa, nomeada “Tamandaré” (F200), foi lançada ao mar em 2024, com previsão de entrega até o encerramento de 2025.

As outras três fragatas — “Jerônimo de Albuquerque” (F201), “Cunha Moreira” (F202) e “Mariz e Barros” (F203) — encontram-se em distintos estágios de construção, com previsão de conclusão e entrega até o fim desta década

Mais de mil fornecedores de diversos setores da indústria nacional estão conectados ao Programa Fragatas Classe Tamandaré, o que amplia seu impacto econômico para além da indústria naval.

Estima-se que, somando empregos diretos e indiretos, o programa já gerou mais de 8 mil postos de trabalho em todo o país.

Promessa de recursos ainda não se concretizou

Durante visita ao estaleiro em agosto de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a liberação dos recursos necessários para garantir a continuidade do programa.

Entretanto, o valor prometido ainda não foi transferido, gerando insegurança entre lideranças locais, profissionais envolvidos e empresas fornecedoras.

A continuidade do Programa Fragatas Classe Tamandaré é vista como fundamental para a soberania nacional e para o fortalecimento da indústria de defesa.

O ime, se não resolvido com urgência, pode frear o avanço tecnológico do setor e comprometer a capacidade operacional da Marinha do Brasil nos próximos anos.

Fonte: Gazeta do Povo

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Andriely Medeiros de Araújo

Sou graduanda e atuo como redatora no Click Petróleo e Gás, onde escrevo sobre vagas, concursos, cursos, indústria e temas relacionados. Com cerca de dois anos de experiência na área, já publiquei mais de 3.500 artigos em diversos sites e, diariamente, me dedico a produzir conteúdos informativos e verídicos. Tenho uma grande paixão pela escrita, leitura e cinema.

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