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Em busca de alternativas às tradicionais lombadas, uma cidade adotou uma solução visual criativa: linhas tortas no asfalto. A técnica induz os motoristas a reduzirem a velocidade ao criar uma ilusão de instabilidade na pista.
Motoristas que am por Grays Lane, em Montgomery Township, no estado americano da Pensilvânia, estão encontrando uma surpresa curiosa: faixas onduladas pintadas diretamente no asfalto.
A iniciativa, que muitos pensaram ser uma brincadeira, na verdade é uma medida oficial da cidade para reduzir a velocidade dos carros em uma área residencial com limite de 40 km/h.
Faixas tortas no lugar de lombadas
A estrada liga duas importantes vias da região — a PA Route 309 e a US Route 202 — e tem sido usada por motoristas que tentam escapar do trânsito nas vias principais. Por conta disso, o tráfego aumentou, e com ele, a velocidade dos veículos em um trecho onde moram muitas famílias.
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Durante dois anos, a situação só piorou, segundo autoridades locais. A prefeitura tentou pensar em soluções tradicionais, como instalar lombadas ou sinais eletrônicos de velocidade, mas esbarrou em limitações técnicas. A estrada tem uma leve inclinação, o que inviabilizou a colocação de lombadas, por exemplo.
A solução encontrada foi pouco comum: pintar faixas onduladas ao longo de dois quarteirões da rua. A ideia é simples.
Como as linhas estão fora do padrão reto e contínuo, o motorista precisa ajustar o volante constantemente para segui-las. Isso forçaria uma redução natural da velocidade, ao menos na teoria.
Reação dos moradores e motoristas
A medida foi aprovada em fevereiro pela diretoria da cidade. Desde então, cones e placas eletrônicas foram colocados no local para avisar sobre o “novo padrão de tráfego”.
Alguns motoristas acharam que era uma pegadinha, talvez uma brincadeira de primeiro de abril. Mas a cidade precisou esclarecer em suas redes sociais: “Sim, esta é uma precaução legítima”.
Em uma visita recente à via, um morador contou que observou cerca de 20 carros ando pelo trecho. Metade dos motoristas parecia tentar seguir as curvas pintadas. Alguns, no entanto, “cortavam caminho” como se estivessem em uma corrida de Fórmula 1. Um motorista, em particular, ou direto, sem nem reduzir a velocidade, mesmo diante de tráfego no sentido oposto.
Outros demonstraram total confusão. Um deles quase parou o carro por completo para tentar entender o que havia acontecido com a rua, seguindo as curvas lentamente, quase em ritmo de caminhada.
Ainda é cedo para saber os efeitos
Mesmo sem instrumentos para medir a velocidade dos veículos, a impressão inicial é que a maioria dos carros ou mais devagar pelos dois quarteirões alterados.
Pode ter sido o efeito do novo padrão visual, ou somente a curiosidade diante de algo incomum. De qualquer forma, a experiência parece ter causado ao menos algum impacto imediato no comportamento dos motoristas.
A cidade também anunciou que, em breve, novos obstáculos serão adicionados no meio da pista. Serão postes e barreiras pensadas para impedir que os motoristas continuem trafegando em linha reta, ignorando o padrão ondulado das faixas.
Medida inusitada pode virar padrão?
Ainda não se sabe se essa estratégia será expandida para outras ruas ou se será mantida de forma permanente.
O objetivo imediato é claro: evitar o excesso de velocidade em uma área residencial, onde os moradores vêm reclamando há anos. A prefeitura está observando os resultados com atenção.
Enquanto isso, as faixas continuam ali. Para quem a por Grays Lane, é impossível não notar. Mesmo que alguns ignorem as curvas desenhadas, o experimento já mudou a paisagem da pequena via — e talvez também o comportamento de alguns motoristas.
Por enquanto, a cidade reforça que a intervenção é real, oficial e não se trata de uma piada. O experimento segue em fase de teste, mas já desperta a curiosidade — e talvez a atenção — de quem a pelo local.
