Especialistas pontuam a importância de equilibrar exploração petrolífera e avanço de fontes limpas no país
No emblemático encontro “Caminhos para Transição Energética Justa no Brasil”, realizado no Rio de Janeiro, destaque-se a voz dos líderes de duas das maiores instituições brasileiras. Aloizio Mercadante, à frente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, enfatizaram a crucialidade de uma transição energética equilibrada, na qual a exploração de petróleo na Margem Equatorial ocupa um papel central.
Petróleo: o protagonista em evolução da matriz energética
Mercadante ressaltou que, por mais que busquemos alternativas, o petróleo ainda não encontrou um substituto integral. Ele permanece como uma peça-chave no quebra-cabeça energético do mundo. “De acordo com projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), espera-se que até 2050, 17% da matriz energética ainda tenha origem fóssil”, disse ele. Nesse contexto, ele sustentou que o petróleo coexistirá com as novas fontes de energia, cuja presença é incentivada para dominar a economia futura.
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América Latina: o olhar do mundo voltado para suas reservas petrolíferas
A América Latina, e particularmente o Brasil, encontra-se em uma posição estratégica no cenário energético global. Com extensas reservas já identificadas e o potencial de se tornar um dos maiores produtores de petróleo, o continente chama a atenção dos olhares globais. Mercadante destacou a extensão do litoral brasileiro que se estende desde o Rio Grande do Norte até o Amapá. “Já identificamos reservas provadas de 11 bilhões de barris nesse trecho, com uma expectativa de produção de 1,5 milhão de barris por dia”, apontou ele, aludindo ao notável potencial da região, especialmente nas proximidades da Amazônia.
Em suma, a transição para uma matriz energética mais limpa é inegavelmente essencial, mas a exploração responsável de petróleo será uma realidade por um longo tempo. As conclusões do seminário BNDES-Petrobras reiteram a necessidade de equilibrar esses dois mundos, garantindo que a renda do petróleo seja canalizada para financiar essa transição crítica.
Fonte: BNDES Imprensa.
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