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Startup dos EUA cria aeronave híbrida eSTOL e surpreende com 2.200 encomendas — ela consegue decolar em 92 metros e pousar em somente 35 metros

Publicado em 26/03/2025 às 07:38
Aeronave híbrida, Aeronave dos EUA, Aviação, EUA
Créditos da imagem: Electra

Startup americana criou uma aeronave híbrida eSTOL, capaz de decolar em apenas 92 metros e transportar até 9 ageiros. O projeto já recebeu mais de 2.200 pedidos e promete operar com eficiência em faixas curtas e regiões de difícil o

Uma startup americana está revolucionando a aviação com sua aeronave híbrida eSTOL, capaz de decolar em apenas 92 metros e transportar até 9 ageiros. O projeto já recebeu mais de 2.200 pedidos e promete operar com eficiência em faixas curtas e regiões de difícil o.

A empresa norte-americana Electra surpreendeu o setor de aviação ao anunciar mais de 2.200 pré-encomendas para sua nova aeronave híbrida de decolagem e pouso ultracurtos, chamada eSTOL.

Com valor estimado em quase US$ 9 bilhões (cerca de R$ 51,21 bilhões), esse resultado supera o interesse obtido por modelos elétricos de decolagem vertical. A Electra aposta em um conceito diferente, mas prático, e já tem um plano definido para os próximos anos.

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Desempenho em pistas curtas com ruído mínimo

O modelo comercial é o EL9, projetado para operar em pistas muito curtas, com apenas 92 metros para decolagem e 35 metros para pouso. Isso o torna adequado para espaços apertados, pistas improvisadas e áreas com pouca infraestrutura.

A aeronave híbrida transporta até nove ageiros com bagagem ou 1.361 kg de carga, com velocidade de cruzeiro de 322 km/h. A entrada em serviço está prevista para 2028.

O segredo do desempenho está na combinação de propulsão híbrida-elétrica com um sistema aerodinâmico conhecido como sustentação soprada.

O EL9 tem oito hélices elétricas ao longo da borda de ataque das asas e flaps traseiros maiores, permitindo decolagens a somente 56 km/h. A pista necessária tem cerca de um décimo do tamanho exigido por aviões convencionais.

Apesar do visual tradicional, o avião carrega soluções tecnológicas inéditas. Um dos grandes avanços está no baixo nível de ruído. A Electra afirma que, a uma altitude de 152 metros, o som emitido pelo EL9 é de apenas 55 decibéis, similar ao de uma conversa.

Isso abre espaço para voos em regiões urbanas sem causar incômodo sonoro, algo ainda distante para muitos aviões a jato.

Testes reais mostram resultados promissores da aeronave

Desde maio de 2024, a empresa já testa o protótipo EL2, com dois lugares. Em outubro, esse modelo atingiu decolagens de apenas 46 metros e pousos de 34,7 metros.

Aeronave híbrida, EUA, Aeronave, Aviação moderna
Créditos da imagem: Electra

Em um dos testes, manteve voo estável a apenas 40,7 km/h, sem atingir a velocidade de estol. Os dados demonstram que o sistema de propulsão garante controle mesmo em velocidades extremamente baixas.

A Electra também adotou uma abordagem conservadora no desenvolvimento. Em vez de buscar soluções mais radicais, como os eVTOLs, a empresa optou por um modelo de asa fixa.

Com isso, a certificação tende a ser mais rápida, o custo operacional pode ser até 70% menor e as barreiras regulatórias são reduzidas. O demonstrador com nove assentos deve voar em 2026, praticamente igual ao modelo final.

Aeronave híbrida dos EUA: sustentabilidade e uso prático no mundo real

Outro ponto forte do EL9 é a sustentabilidade. A tecnologia híbrida-elétrica promete redução significativa nas emissões de poluentes, menor consumo de energia e baixo impacto ambiental.

Além disso, como a aeronave híbrida pode operar em pistas pequenas, a construção de novas infraestruturas é desnecessária. Isso reduz também os custos ambientais associados a grandes obras de engenharia.

As possibilidades de uso vão além do transporte de ageiros. O modelo pode ser útil para entregas rápidas, operações em regiões isoladas e missões em áreas com infraestrutura limitada. A versatilidade do EL9 atende tanto ao mercado regional quanto a demandas específicas de mobilidade.

A promessa de um voo silencioso, econômico e eficiente em espaços apertados torna a aeronave atraente para companhias aéreas regionais, governos e empresas de logística. O foco em um projeto viável e realista, sem exageros tecnológicos, pode ser o diferencial da Electra no cenário competitivo da aviação elétrica.

A empresa mostra que não é preciso reinventar tudo para alcançar a inovação. A evolução a por melhorias aplicáveis no mundo real, com ganhos operacionais e ambientais claros. E com milhares de unidades já encomendadas, a aeronave híbrida dos EUA avança com força rumo ao futuro da aviação regional.

Com informações de EcoInventos.

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Romário Pereira de Carvalho

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