Nike anuncia reajustes seletivos nos preços de roupas e calçados, enquanto mantém itens estratégicos sem alterações, ao mesmo tempo em que volta a investir em marketplace popular nos EUA, reforçando seu posicionamento em um mercado digital em constante transformação.
A Nike anunciou que a partir da próxima semana iniciará uma elevação nos preços de parte dos seus produtos, principalmente em roupas e equipamentos para adultos, nos Estados Unidos.
Conforme a empresa, o reajuste varia entre US$ 2 e US$ 10, dependendo da categoria.
No entanto, nem todos os artigos sofrerão aumento, principalmente os itens infantis e alguns calçados icônicos.
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Além da alteração nos valores, a gigante do esporte confirmou seu retorno ao e-commerce da Amazon nos EUA, após uma ausência de seis anos, estratégia que reforça sua presença digital direta com o consumidor.
Aumento moderado para roupas e equipamentos
Os preços de roupas e equipamentos para adultos subirão de maneira moderada, com aumentos que vão de US$ 2 a US$ 10, segundo informou a agência Reuters.
Produtos com preços entre US$ 100 e US$ 150 também terão um acréscimo fixo de US$ 5.
Mas, para quem procura peças com valores abaixo de US$ 100, não haverá reajuste.
Essa decisão visa preservar o poder de compra dos consumidores que preferem itens de entrada, evitando perder competitividade em uma faixa de preço bastante disputada.
Itens infantis permanecem com o mesmo preço
No segmento infantil, os preços serão mantidos.
Segundo a Nike, o motivo é o aumento nas vendas da temporada de ‘volta às aulas’, período que normalmente impulsiona as compras de produtos infantis.
Manter os preços para crianças é uma estratégia para não desestimular os pais, que buscam economia nessa época do ano.
Famosos tênis Air Force 1 seguem sem reajuste
Destaque para os calçados, um dos carros-chefe da Nike, especialmente os que custam mais de US$ 150, que sofrerão reajuste de até US$ 10.
Porém, o famoso tênis Air Force 1, que atualmente custa US$ 155, não terá aumento, permanecendo no preço original, conforme confirmado pela marca.
Esse modelo é um dos mais emblemáticos e desejados pela base de consumidores, e manter seu preço está ligado à estratégia de fidelização.
Planejamento sazonal e desafios do setor
A Nike justificou os aumentos dizendo que faz “ajustes de preços como parte do nosso planejamento sazonal” e que avalia “regularmente nosso negócio”.
Esse tipo de reajuste não é novidade para a indústria de artigos esportivos, que vem lidando com aumento nos custos de matéria-prima, logística e mão de obra nos últimos anos, em meio a oscilações econômicas globais e inflação persistente.
Nike retorna à Amazon para reforçar presença digital
Outro ponto importante dessa movimentação é a volta da Nike à Amazon nos Estados Unidos.
Em 2019, a empresa deixou a plataforma para focar em vendas diretas e lojas físicas, porém seus produtos ainda eram vendidos por vendedores autorizados independentes.
Agora, a Nike decidiu retomar a venda direta pela Amazon, reforçando a aposta em marketplaces como canais estratégicos para ampliar o alcance junto ao consumidor final.
Com essa decisão, a Amazon anunciou que, a partir de 19 de julho, proibirá a venda de produtos específicos da Nike por vendedores independentes, consolidando a exclusividade da loja oficial da marca na plataforma.
Essa medida visa garantir maior controle sobre os preços, a autenticidade dos produtos e a experiência do consumidor, além de fortalecer a parceria direta entre Nike e Amazon.
Tendência de equilíbrio entre canais próprios e marketplaces
Especialistas do setor apontam que a reentrada da Nike na Amazon reflete uma tendência do mercado, onde grandes marcas buscam um equilíbrio entre canais próprios e marketplaces, aproveitando a capilaridade e o poder de atração dessas plataformas para ganhar maior participação de mercado.
No cenário atual, em que o comércio eletrônico segue crescendo mesmo após o auge da pandemia, empresas de vestuário esportivo estão repensando suas estratégias para se aproximar dos consumidores com ofertas personalizadas, melhor logística e preços competitivos.
A Nike, com seu histórico de inovação em marketing e produtos, aproveita esse momento para ajustar preços de forma seletiva, proteger produtos icônicos e ampliar sua presença digital em canais populares, garantindo a sustentabilidade do negócio frente às mudanças do mercado global.
Você já percebeu algum aumento nos preços dos produtos Nike por aí?
Como essas mudanças impactam sua decisão de compra?