O Submarino Tupi foi desdocado no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) após manutenção estratégica. Navio segue atracado para testes até julho de 2025.
O Submarino Tupi, importante ativo da frota da Marinha do Brasil, foi oficialmente desdocado no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), após uma série de intervenções técnicas realizadas durante o seu segundo Período de Docagem de Rotina (PDR). Com a conclusão desta etapa, a embarcação avança para uma nova fase de testes, que ocorrerá na Base Naval da Ilha das Cobras, com encerramento previsto para julho de 2025.
Foco em modernização e eficiência operacional
As ações conduzidas no AMRJ incluíram desde inspeções estruturais até reparos e substituições de sistemas vitais.
Entre os destaques, está a substituição de parte dos elementos da bateria e a execução das manutenções conhecidas como W5 e W6 nos motores principais de combustão.
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Também foi realizada a recuperação da resistência de isolamento do motor elétrico principal — fundamental para a segurança e performance do navio submersível.
O casco do Submarino Tupi ou por reparos tanto na parte resistente quanto na não resistente. Componentes como válvulas de casco, compressores de ar de alta pressão e tubos de torpedo também foram revisados ou trocados.
A embarcação ainda recebeu tratamento e pintura completos, dentro do cronograma técnico previsto.
Testes no Dique Santa Cruz garantem segurança da operação
Após a conclusão das manutenções, todos os sistemas foram submetidos a rigorosos testes no Dique Santa Cruz, localizado no próprio Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.
Os resultados validaram a integridade operacional do submarino, autorizando sua desdocagem e o início da nova fase de provas de cais, que ocorrem com o navio atracado na Base Naval da Ilha das Cobras.
Submarino Tupi: uma embarcação com legado e tradição
O Submarino Tupi (S-30) é o segundo submarino da Marinha a levar o nome em homenagem à nação indígena Tupi. Sua construção foi encomendada em 1984 ao estaleiro alemão Howaldtswerke Deutsche Werft (HDW), na cidade de Kiel.
A quilha foi batida em março de 1985 e o lançamento ao mar ocorreu dois anos depois, em abril de 1987. A cerimônia de batismo teve como madrinha a Sra. Heloísa Fonseca, esposa do então Ministro da Marinha, Almirante Maximiano Eduardo da Silva Fonseca.
Após ser entregue pela HDW em dezembro de 1988, o Tupi realizou provas de mar e treinamento de tripulação no Mar Báltico.
A incorporação oficial à Armada Brasileira aconteceu em 6 de maio de 1989, na Alemanha, marcando sua entrada em operação como navio de guerra.
AMRJ reforça papel estratégico da indústria naval militar brasileira
A revitalização do Submarino Tupi no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) evidencia a capacidade técnica e estratégica da indústria naval militar nacional.
Ao realizar serviços complexos de manutenção e modernização, o AMRJ contribui diretamente para a preservação do poder dissuasório da Marinha e a soberania nas águas jurisdicionais brasileiras.
Com o avanço do cronograma, o Submarino Tupi reafirma seu papel como uma peça-chave na defesa marítima do país, unindo tradição, tecnologia e preparação para os desafios futuros.