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Taiwan cria o menor computador quântico do mundo

Publicado em 20/02/2025 às 08:03
Computador, quântico
Foto: Reprodução

NTHU: o menor computador quântico do mundo, usando um único fóton (uma minúscula partícula de luz) e funcionando em temperatura ambiente

A computação quântica, que antes parecia uma promessa distante, começa a se tornar uma realidade transformadora. Por décadas, especialistas previram que ela revolucionaria indústrias inteiras, desde a inteligência artificial até a segurança cibernética.

No entanto, os computadores quânticos tradicionais, que desativam condições extremas de atualização e infraestrutura volumosa, limitam a sua aplicabilidade.

Isso mudou com a inovação da Universidade Nacional Tsing Hua (NTHU) de Taiwan, que desenvolveu o menor computador quântico do mundo, capaz de operar com uma única foto.

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A inovação que desafia os limites

O computador quântico desenvolvido pela NTHU é um marco tecnológico. Ao contrário dos sistemas quânticos convencionais, que utilizam múltiplos qubits para processar informações, o modelo da NTHU usa apenas um fóton, a menor partícula de luz conhecida.

Esta abordagem traz diversas vantagens que podem transformar o futuro da computação quântica. Fótons são extremamente indiretos e imunes a interferências externas, tornando-os ideais para cálculos precisos e de longa duração.

Além disso, o computador quântico da NTHU não exige temperaturas baixíssimas permitidas para a operação de modelos tradicionais.

A maioria dos computadores quânticos precisa ser resfriada em temperaturas próximas ao zero absoluto (-273°C), o que exige sistemas de resfriamento criogênicos caros e complexos.

O modelo da NTHU, no entanto, funciona em temperatura ambiente, o que reduz drasticamente os custos e a complexidade, tornando a tecnologia mais ível.

Outro aspecto notável é o tamanho compacto da máquina. Enquanto os computadores quânticos aparentemente ocupam grandes espaços e bloqueiam infraestrutura massiva, o computador quântico da NTHU é pequeno ou suficiente para caber em uma mesa.

Isso abre portas para o uso comercial e a escalabilidade da computação quântica, com potencial para aplicações em diversas áreas, como inteligência artificial, cibersegurança, finanças e até mesmo na descoberta de novos medicamentos.

Como funciona o computador quântico de fóton único

Para entender o funcionamento dessa inovação, é preciso primeiro entender alguns conceitos da mecânica quântica. A computação quântica se baseia em dois princípios fundamentais: a superposição e o emaranhamento.

A superposição permite que um bit quântico (qubit) exista em múltiplos estados ao mesmo tempo, ao contrário dos bits tradicionais que são limitados a um valor de 0 ou 1.

O emaranhamento, por sua vez, é uma propriedade que permite que qubits interajam entre si, mesmo a grandes distâncias, o que aumenta a velocidade de processamento.

No caso do computador da NTHU, o fóton atua apenas como o qubit, permitindo realizar cálculos com extrema precisão e confiabilidade.

O fato de não precisar de resfriamento criogênico é uma das principais inovações, pois torna o sistema muito mais eficiente e rápido em comparação com os computadores quânticos tradicionais.

Aplicações transformadoras para diversas indústrias

A computação quântica tem o potencial de revolucionar diversas áreas. Entre as aplicações mais promissoras estão a cibersegurança, a inteligência artificial e a descoberta de medicamentos.

Na cibersegurança, os computadores quânticos podem quebrar criptografias tradicionais, mas também têm a capacidade de criar sistemas de criptografia imbatíveis.

Isso poderia garantir uma proteção muito mais robusta contra ataques cibernéticos.

No campo da inteligência artificial, a computação quântica pode acelerar o treinamento de modelos, tornando-os mais rápidos e eficientes.

Isso teria um impacto direto em áreas como o aprendizado de máquina, onde grandes volumes de dados precisam ser processados ​​rapidamente.

Outro campo em que a computação quântica pode fazer uma grande diferença é na descoberta de medicamentos.

A capacidade de simular interações moleculares de maneira mais precisa e rápida pode acelerar o desenvolvimento de novos tratamentos e terapias, o que é um avanço crucial na indústria farmacêutica.

O papel de Taiwan na corrida quântica

Taiwan, centro de inovação em semicondutores, tem se tornado cada vez mais um ator importante na pesquisa quântica.

A NTHU, com seu desenvolvimento, coloca o país na vanguarda da computação quântica, concorrendo com gigantes como Google, IBM e até a China.

O governo de Taiwan tem investido pesadamente em pesquisa e desenvolvimento na área de computação quântica, criando um ambiente favorável para inovações tecnológicas.

Com isso, o país não só fortalece sua posição na ciência global, mas também reforça sua competitividade no mercado de alta tecnologia.

Desafios e perspectivas futuras

Embora o computador quântico de fóton exclusivo da NTHU seja um avanço significativo, a computação quântica ainda enfrenta desafios consideráveis.

O alto custo de desenvolvimento e os problemas relacionados à “decoerência quântica” — onde os erros podem corromper os dados — são obstáculos que precisam ser superados.

Além disso, a escalabilidade da tecnologia, ou seja, a capacidade de ampliar o poder computacional sem aumentar o tamanho ou o custo, ainda é uma questão a ser resolvida.

Entretanto, o desenvolvimento de um computador quântico funcional em temperatura ambiente é um o crucial para superar essas barreiras.

Nos próximos anos, as melhorias na correção de erros e na eficiência energética podem abrir caminho para a comercialização em larga escala dessa tecnologia.

O futuro da computação quântica

O computador de fóton exclusivo da NTHU representa um salto significativo no campo da computação quântica.

Ao eliminar a necessidade de resfriamento criogênico e ao ser compacto o suficiente para usos comerciais, ele abre novas possibilidades para a implementação dessa tecnologia.

Com aplicações transformadoras em diversos setores, essa inovação coloca Taiwan como líder na pesquisa quântica global, solidificando ainda mais seu papel no avanço da tecnologia.

Com informações de Engineerine.

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Romário Pereira de Carvalho

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