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Imagine entrar em um elevador, apertar o botão do 95º andar, sentir um leve impulso e, antes que perceba, as portas já se abrem lá no topo. Essa é a experiência oferecida pelo elevador mais rápido do mundo — uma maravilha da engenharia moderna que combina velocidade extrema com conforto absoluto.
O título de elevador mais rápido do mundo pertence atualmente ao elevador ultrarrápido da Mitsubishi Electric, instalado no Centro Financeiro CTF de Guangzhou, na China. Este arranha-céu imponente, com 530 metros de altura, abriga escritórios, um hotel de luxo, shopping e residências, e é um verdadeiro laboratório vertical para soluções de transporte elevatório. O modelo específico, criado sob medida para o edifício, atinge uma velocidade impressionante de 21 metros por segundo, o equivalente a 75,6 km/h. Com essa performance, é capaz de subir 95 andares em apenas 43 segundos, um feito que desafia os limites do que era considerado possível na engenharia de elevadores com elevador ultrassônico.
O que é um elevador ultrassônico?
Apesar do nome “ultrassônico” ser mais conhecido em aplicações médicas e acústicas, ele é frequentemente utilizado de forma informal para descrever elevadores que operam em velocidades extremamente altas, geralmente acima de 10 metros por segundo. No caso do modelo da Mitsubishi, o termo ganhou popularidade pelo impacto causado na mídia, mesmo sem envolvimento direto com tecnologia sonora de alta frequência.
O termo reflete a sensação quase imperceptível de deslocamento que os usuários experimentam — como se o movimento fosse tão rápido e suave que mal se nota.
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Como funciona o elevador mais rápido do mundo?
Para alcançar tal desempenho, os engenheiros da Mitsubishi Electric desenvolveram um sistema complexo de:
- Motores de alta potência com tecnologia de levitação magnética iva
- Cabos ultraleves de carbono trançado, mais resistentes que os de aço
- Sistemas de freio de cerâmica pressurizada
- Tecnologia de controle aerodinâmico que reduz a resistência do ar no poço vertical
- Sensores de pressão e compensação de altitude, que regulam o ambiente interno
Tudo isso é controlado por uma central de inteligência artificial que monitora vibração, pressão, temperatura, aceleração e conforto dos ageiros em tempo real.
Velocidade com conforto: é possível?
Sim — e essa é uma das maiores conquistas do projeto. Em velocidades tão altas, era de se esperar que os ageiros sentissem náuseas, pressão nos ouvidos, vertigem ou desconforto. Para evitar isso, a Mitsubishi criou um conjunto de inovações que transformaram o trajeto em uma experiência quase imperceptível.
Entre as soluções estão:
- Controle de pressão atmosférica dentro da cabine, que simula uma altitude estável
- Estabilizadores laterais, que absorvem microvibrações da estrutura
- Isolamento acústico triplo, que reduz o ruído interno a níveis mínimos
- Sistema antioscilação, que corrige inclinações e movimentos laterais em tempo real
Esses elementos tornam a viagem não só rápida, mas surpreendentemente suave, mesmo quando se sobe quase meio quilômetro verticalmente em menos de um minuto.
Por que construir um elevador tão rápido?
A resposta está na urbanização vertical. Cidades como Guangzhou, Tóquio, Dubai e Nova York estão construindo prédios cada vez mais altos, e a eficiência no transporte vertical tornou-se uma questão de logística e produtividade.
Benefícios diretos do elevador mais rápido do mundo incluem:
- Redução do tempo de espera e deslocamento em arranha-céus
- Melhor uso do espaço vertical em edifícios multifuncionais
- Aumento da capacidade de transporte em horários de pico
- Redução de custos operacionais por eficiência energética
No caso do CTF Finance Centre, que possui mais de 100 elevadores, a distribuição inteligente e o uso de modelos ultrarrápidos tornam o deslocamento tão eficiente quanto em prédios de menor porte.
A disputa global pela velocidade
Nos últimos anos, a corrida pelo elevador mais rápido do mundo virou um capítulo à parte da engenharia urbana. Veja alguns dos principais concorrentes:
| Elevador | Localização | Velocidade (m/s) | Fabricante |
|---|---|---|---|
| Mitsubishi CTF Finance Centre | Guangzhou, China | 21 | Mitsubishi Electric |
| Shanghai Tower | Xangai, China | 20,5 | Hitachi |
| Taipei 101 | Taipei, Taiwan | 16,8 | Toshiba |
| Burj Khalifa | Dubai, Emirados Árabes Unidos | 10 | Otis |
Enquanto o CTF Finance Centre detém o recorde de velocidade, os outros edifícios também inovam em tecnologias, como capacidade, redundância de segurança e automação inteligente.
Em estruturas com elevadores ultrarrápidos, a segurança é prioridade absoluta. O modelo da Mitsubishi inclui uma série de sistemas redundantes e protocolos automáticos em caso de falha:
- Freios magnéticos de emergência
- Geradores independentes em caso de queda de energia
- Sistema de parada suave em emergências
- Comunicação constante com central de operações
- Monitoramento remoto 24/7 com IA preditiva
Além disso, os elevadores são submetidos a testes extremos de resistência, vibração e simulações de terremotos ou cortes abruptos de energia, seguindo normas da ISO e do CTBUH.
O impacto na arquitetura moderna
A criação de elevadores ultrarrápidos como o do CTF Finance Centre muda também o modo como os arquitetos projetam edifícios. Hoje, já se pensa em:
- “Cidades verticais”, com áreas comerciais, residenciais e empresariais em zonas específicas conectadas por elevadores expressos
- Zonas de transbordo vertical, onde o ageiro troca de elevador como em um metrô
- Integração de IA e sensores urbanos, que ajustam o transporte vertical com base em fluxos de pessoas em tempo real
Esses avanços tornam possível a criação de prédios inteligentes, eficientes e ambientalmente sustentáveis, que desafiam a lógica tradicional das cidades.
Um o para o futuro: o que vem depois?
A Mitsubishi Electric já anunciou que está trabalhando em modelos que ultraem os 25 metros por segundo, com foco em novos projetos na Ásia e Oriente Médio.
Além disso, empresas como Thyssenkrupp estão desenvolvendo elevadores horizontais e verticais simultaneamente, utilizando levitação magnética — uma tecnologia semelhante à dos trens de levitação.
O futuro dos elevadores, portanto, pode incluir:
- Movimentos em várias direções (X, Y e Z)
- Cabines autônomas que aprendem padrões de tráfego de pessoas
- Zero cabos e zero atrito com tecnologias magnéticas
Tudo isso mantendo o foco em conforto, eficiência energética e conectividade.
Apesar de sua complexidade, o elevador ultrassônico do CTF Finance Centre é usado por milhares de pessoas diariamente — executivos, visitantes, hóspedes e moradores.
Relatos indicam que a sensação é de decolagem suave, como a de um avião em primeira classe. Os ruídos são quase imperceptíveis, e o trajeto é tão rápido que muitos nem têm tempo de verificar o celular antes de chegar ao destino.
Essa experiência já se tornou parte da identidade do prédio e virou até atração turística — quem visita Guangzhou e é apaixonado por arquitetura ou tecnologia, geralmente coloca o CTF na lista de lugares a conhecer.
Subir 95 andares em 43 segundos é mais que velocidade — é evolução
O elevador mais rápido do mundo representa mais do que um recorde técnico. Ele mostra como a engenharia, o design e a inteligência artificial podem trabalhar juntos para tornar o impossível, possível.
A era dos elevadores ultrassônicos já começou. E com ela, a forma como pensamos os edifícios, as cidades e até o tempo está mudando. Afinal, quando é possível subir 95 andares em menos de 45 segundos com conforto, precisão e silêncio, o céu deixa de ser o limite — e a a ser apenas mais um andar.
