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Terremotos! Fenômeno sutil e lento pode ser o sinal para prever catástrofes

Publicado em 06/02/2025 às 23:32
Terremotos
Foto: Wikimedia Commons.

Estudo revela que terremotos podem ser precedidos por um movimento sutil e lento, oferecendo novas possibilidades para melhorar os sistemas de alerta precoce e prevenir desastres

Evitar um terremoto ainda é uma tarefa quase impossível, apesar dos avanços científicos. No entanto, um estudo recente trouxe uma nova luz sobre o que pode ser um sinal precursor antes dos terremotos mais catastróficos.

Com base em experimentos de laboratório, os cientistas identificaram um movimento lento e sutil, que pode ser uma chave para ampliar uma janela de alerta precoce.

O mistério do início da ruptura

Os terremotos ocorrem quando as placas tectônicas, grandes pedaços da crosta terrestre, se movem bruscamente. Esse movimento ocorre ao longo de falhas geológicas, onde as placas se encontram e se pressionam por longos períodos.

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Eventualmente, a pressão acumulada provoca uma ruptura, liberando uma enorme quantidade de energia e causando os tremores. Porém, o que intriga os cientistas é como essa ruptura começa. Como prever esse momento inicial?

Jay Fineberg, físico da Universidade Hebraica de Jerusalém e líder do estudo, explica que a ruptura se inicia em uma zona quebrada, onde as placas estão presas.

À medida que o estresse aumenta, a ruptura acelera até atingir quase a velocidade do som, gerando o terremoto. Mas antes dessa explosão, há uma fase mais calma e lenta, que poderia ser observada para prever um desastre.

O experimento com o plexiglass

Embora as falhas geológicas pertençam a quilômetros de profundidade, o estudo não se concentrou diretamente nelas. Em vez disso, os cientistas recriaram as condições de uma falha em um ambiente de laboratório, usando folhas de polimetilmetacrilato, o conhecido plexiglass.

A equipe aplicou forças de cisalhamento nas folhas, simulando os movimentos das placas tectônicas, especialmente como ocorre na famosa falha de San Andreas, na Califórnia.

O que eles descobriram foi surpreendente. Antes de uma ruptura catastrófica, o material ava por uma fase chamada “frente de nucleação”, um movimento extremamente lento, quase imperceptível.

Essa fase é muito mais suave e rastejante se comparada aos tremores rápidos e intensos que marcam os terremotos. Para os cientistas, isso abriu uma nova possibilidade: se esse movimento sutil pudesse ser detectado, talvez seja possível prever a chegada de um grande terremoto.

A mecânica por trás do movimento lento

A equipe de Fineberg foi além e expandiu os modelos matemáticos para entender o comportamento da rachadura. Em vez de ver a ruptura como uma linha simples, como era tradicionalmente feita, eles se reimaginaram como um remendo que se expandia em duas dimensões.

Esse novo modelo revelou um ponto crucial: enquanto o aumento da energia necessário para expandir o remendo era equilibrado, o movimento permanecia lento e assísmico.

Contudo, quando o remendo ultraava o limite de sua zona quebradiça, o excesso de energia acumulava-se e a ruptura se acelerava, tornando-se explosiva.

Implicações e desafios

As descobertas trazem uma perspectiva otimista para melhorar os sistemas de alerta precoce de terremotos. Se for possível detectar essa fase assísmica nas falhas reais, os cientistas energizados mais tempo para emitir alertas.

De acordo com Fineberg, em laboratório é possível escutar os sons emitidos por esse movimento, mas na realidade, pois as falhas não têm a mesma visibilidade. Muitas falhas apresentam esse movimento lento sem resultar em um terremoto, o que torna a tarefa de prever o momento exato ainda mais complexo.

Apesar das dificuldades, esta pesquisa abre portas para o desenvolvimento de novos métodos de monitoramento e prevenção.

E não apenas para terremotos. Esses mesmos princípios podem ser aplicados ao estudo de outros sistemas sob estresse, como asas de aviões ou pontes, oferecendo uma forma de detectar falhas antes que elas se tornem catastróficas.

Com informações de Live Sciense.

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Romário Pereira de Carvalho

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