No Acre, chuvas torrenciais provocaram o rompimento da BR-364, isolando municípios como Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul. Em Rio Branco, mais de 20 bairros enfrentam alagamentos, deixando centenas de famílias desabrigadas. A Defesa Civil alerta para a possibilidade de novas enchentes, enquanto equipes trabalham incessantemente para reparar os danos e auxiliar os afetados.
No coração da Amazônia, onde estradas serpenteiam por vastas florestas e rios caudalosos, a infraestrutura rodoviária é vital para conectar comunidades e garantir o fluxo de bens e serviços.
Entretanto, eventos climáticos extremos podem rapidamente transformar essas vias em cenários de isolamento e desafio.
De acordo com o portal UOL, um desses episódios trouxe à tona a vulnerabilidade das conexões terrestres na região.
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Chuvas intensas resultaram no rompimento de um trecho da BR-364 em Tarauacá, Acre, isolando as cidades de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul.
Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foram mobilizadas no domingo (23) para realizar reparos emergenciais na rodovia.
O incidente ocorreu no km 532,82, aproximadamente 400 km de Rio Branco, levando à interdição total da via para a execução dos trabalhos necessários.
Impacto nas comunidades locais
O rompimento da BR-364 afetou diretamente a rotina e a economia das cidades isoladas. Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul dependem dessa rodovia para o transporte de alimentos, medicamentos e outros suprimentos essenciais.
Com a interrupção, moradores enfrentam dificuldades para ar serviços básicos e escoar a produção local.
A situação também impacta o comércio e a prestação de serviços, agravando os desafios econômicos da região.
Esforços de reparo e logística
O Dnit informou que equipes trabalham ininterruptamente para restabelecer o tráfego na BR-364.
Máquinas e materiais foram deslocados para o local, e a previsão é de que a rodovia seja parcialmente liberada nos próximos dias.
Enquanto isso, rotas alternativas estão sendo avaliadas para minimizar o impacto do isolamento nas comunidades afetadas.
A colaboração entre órgãos federais, estaduais e municipais tem sido fundamental para agilizar as ações de resposta e garantir a segurança dos moradores.
Alagamentos em Rio Branco
Paralelamente ao incidente na BR-364, a capital Rio Branco enfrenta desafios devido às chuvas intensas.
Mais de 20 bairros foram atingidos por alagamentos, resultando no deslocamento de diversas famílias.
A Defesa Civil Municipal relatou que, em apenas 21 dias de fevereiro, a cidade registrou 244,62 mm de precipitação, correspondendo a 81,24% da média esperada para todo o mês, que é de 300 mm.
O nível do Rio Acre também apresentou elevação significativa, alcançando 9,57 metros, embora ainda abaixo da cota de alerta.
Resposta das autoridades
Diante dos alagamentos, a Prefeitura de Rio Branco mobilizou abrigos públicos para acolher as famílias desabrigadas.
Até o momento, 21 pessoas foram encaminhadas para esses locais, enquanto cerca de 200 buscaram abrigo com parentes ou amigos. E
quipes de assistência social, saúde e infraestrutura estão atuando nas áreas afetadas, fornecendo e e orientações aos moradores.
A Defesa Civil permanece em alerta, monitorando os níveis dos rios e a previsão meteorológica para os próximos dias, a fim de antecipar possíveis intervenções.
Previsões climáticas e desafios futuros
Curiosamente, previsões meteorológicas anteriores indicavam que fevereiro de 2025 teria precipitações abaixo da média no Acre.
O pesquisador Davi Friale apontou que as chuvas poderiam ficar até 40% abaixo do esperado, devido a condições atmosféricas e oceânicas específicas.
No entanto, eventos climáticos inesperados resultaram em chuvas intensas, evidenciando a imprevisibilidade dos fenômenos naturais e a necessidade de preparação constante para emergências.
Os recentes eventos no Acre ressaltam a importância de investimentos contínuos em infraestrutura resiliente e em sistemas de alerta e resposta a desastres naturais.
A colaboração entre as esferas governamentais e a comunidade é essencial para mitigar os impactos de eventos climáticos adversos e garantir a segurança e o bem-estar da população.
Enquanto as equipes trabalham para reparar os danos e restabelecer a normalidade, a experiência serve como um lembrete da força da natureza e da necessidade de estarmos sempre preparados para seus desafios.