Em uma iniciativa que promete transformar o transporte público paulistano, São Paulo estuda a implementação de vagões exclusivos para mulheres. A medida, que já foi tema de debates acalorados no ado, retorna à pauta com a promessa de oferecer mais segurança e conforto às ageiras.
No cenário das grandes metrópoles, a segurança no transporte público é uma preocupação constante, especialmente para as mulheres que enfrentam desafios diários durante seus deslocamentos.
Medidas para garantir um ambiente mais seguro e confortável têm sido pauta de discussões em diversas cidades ao redor do mundo.
Recentemente, São Paulo retomou uma proposta que visa atender a essa demanda específica.
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Durante a primeira audiência pública do Lote ABC-Guarulhos, que trata da concessão das Linhas 10-Turquesa e 14-Ônix da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (TM) para a iniciativa privada, foi apresentada a proposta de implantação de vagões exclusivos para mulheres.
Essa iniciativa busca proporcionar maior segurança e conforto ao público feminino durante as viagens.
A medida já é adotada em outras localidades, como no Rio de Janeiro, onde vagões exclusivos para mulheres estão em operação.
Em São Paulo, propostas semelhantes foram estudadas anteriormente. Em 1995, a TM destinou vagões preferenciais para mulheres, mas a iniciativa não obteve o sucesso esperado.
Em 2014, o então governador Geraldo Alckmin vetou um projeto de lei que obrigava a criação de vagões exclusivos para mulheres nos trens e no Metrô de São Paulo, argumentando que a segregação não seria o caminho adequado para resolver o problema do assédio.
Histórico de tentativas em São Paulo
A discussão sobre vagões exclusivos para mulheres não é nova na capital paulista.
Em 2013, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos considerou inviável a adoção de vagões exclusivos, alegando que a medida infringiria o direito de igualdade entre gêneros à mobilidade livre.
No entanto, a crescente preocupação com a segurança das mulheres no transporte público tem levado a uma reavaliação dessas propostas.
Detalhes da concessão e investimentos previstos
O processo de concessão das Linhas 10-Turquesa e 14-Ônix inclui a aquisição de novos trens: 16 unidades para a Linha 10 e 46 Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) para a futura Linha 14, que ligará o ABC a Guarulhos.
O investimento total previsto é de aproximadamente R$ 19 bilhões. Além da operação dessas linhas, a nova concessionária será responsável por dois trechos do Expresso Turístico, partindo da Estação da Luz com destino a Paranapiacaba e Mogi das Cruzes.
Desafios e considerações
A implementação de vagões exclusivos para mulheres enfrenta desafios operacionais e sociais.
Críticos argumentam que a segregação pode não ser a solução ideal e que medidas educativas e punitivas contra assediadores seriam mais eficazes.
Por outro lado, defensoras da medida acreditam que os vagões exclusivos podem oferecer um ambiente temporariamente mais seguro enquanto soluções de longo prazo são desenvolvidas.
Experiências em outras cidades com vagões para mulheres
No Rio de Janeiro, os vagões exclusivos para mulheres foram implementados com o objetivo de reduzir casos de assédio sexual.
A medida, embora polêmica, tem sido mantida e conta com o apoio de parte das usuárias.
Em outras metrópoles ao redor do mundo, iniciativas semelhantes foram adotadas, com resultados variados, dependendo da cultura local e da eficácia na fiscalização.
Próximos os para os trens exclusivos para mulheres
A proposta de concessão das linhas 10 e 14 está em fase de audiências públicas, onde são discutidos os detalhes do projeto, incluindo a possível implementação de vagões exclusivos para mulheres.
A participação da sociedade civil nessas discussões é fundamental para que a medida, caso implementada, atenda às necessidades reais das usuárias e seja eficaz na promoção de um transporte público mais seguro e inclusivo.
Para o governo do São aulo, a reintrodução da proposta de vagões exclusivos para mulheres em São Paulo reflete uma preocupação contínua com a segurança no transporte público.
Embora a medida tenha enfrentado resistência no ado, o contexto atual e as experiências de outras cidades podem influenciar sua aceitação e eficácia.
De todo modo, especialistas apontam que o sucesso dessa iniciativa dependerá de uma implementação cuidadosa, aliada a outras ações educativas e punitivas que promovam o respeito e a segurança de todas as pessoas no transporte público.