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Trump toma medidas imediatas para fortalecer a produção doméstica de minerais críticos, como urânio, cobre, potássio e ouro

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 22/03/2025 às 17:35
Trump, minerais
Credit: White House

O ex-presidente Donald Trump anunciou um pacote de medidas para reforçar a produção doméstica de minerais considerados críticos, como urânio, cobre, potássio e ouro. A estratégia visa garantir maior autonomia dos Estados Unidos em setores estratégicos da economia e segurança nacional.

Durante décadas, os Estados Unidos dependeram da China para obter minerais essenciais. Agora, o presidente Donald Trump quer mudar esse cenário. Na última quinta-feira, 20, o presidente assinou uma ordem executiva para fortalecer a produção doméstica de minerais críticos, como urânio, cobre, potássio e ouro.

A medida usa a Lei de Produção de Defesa (DPA), criada na Guerra Fria.

Essa lei permite ao governo agir com rapidez em nome da segurança nacional. Com isso, o presidente sinaliza que a dependência dos EUA em relação a minerais estrangeiros virou um risco estratégico.

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É imperativo para nossa segurança nacional que os Estados Unidos tomem medidas imediatas para facilitar a produção mineral doméstica na medida máxima possível”, diz o texto da ordem.

Lei da Guerra Fria volta ao centro

A DPA dá ao Pentágono autoridade para proteger setores essenciais à defesa. Com a nova ordem, o Secretário de Defesa, Pete Hegseth, poderá agir em parceria com outras lideranças do governo para acelerar a produção mineral no país.

A ordem também orienta agências federais a aprovar projetos prioritários com mais agilidade. Além disso, os departamentos do Interior, Defesa, Agricultura e Energia foram instruídos a identificar locais para uso privado na extração mineral — até mesmo em terras federais, como áreas sob controle militar.

O objetivo, segundo o governo, é reduzir a influência de nações rivais no fornecimento de matérias-primas cruciais.

Reação à ofensiva da China

A decisão veio poucos dias após o presidente antecipar o plano durante um discurso ao Congresso. Na ocasião, Trump prometeu “ações históricas” para ampliar a produção nacional de minerais e terras raras.

A China domina a produção global de diversos minerais essenciais. Conforme o Serviço Geológico dos EUA (USGS), em 2024 os EUA importaram cerca de 50% de seus minerais críticos da China. Entre os principais, estão ítrio, bismuto, antimônio, arsênio e elementos de terras raras.

Nos últimos meses, a China também começou a restringir a exportação de tecnologias e metais usados na produção de veículos elétricos. Gálio e lítio estão entre os alvos. O plano ainda não foi finalizado, mas preocupa o setor industrial dos EUA.

Em fevereiro, a China respondeu a tarifas impostas por Trump com o controle da exportação de cinco metais: tungstênio, telúrio, bismuto, índio e molibdênio. Todos são usados em tecnologias de defesa e energia limpa.

Acordo com Ucrânia e emergência energética

No mesmo dia da nova ordem executiva, Trump revelou planos para um acordo com a Ucrânia envolvendo minerais de terras raras. Esse foi o principal motivo da visita do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca no mês ado.

Desde o início do mandato, Trump vem tratando a energia e os recursos naturais como questão central. Logo após assumir a presidência, em janeiro, ele declarou emergência energética nacional, citando os altos preços da energia como ameaça ao povo americano.

Na ordem assinada nesta quinta, Trump voltou a criticar regras ambientais dos EUA, dizendo que “a regulamentação federal autoritária corroeu a produção mineral do nosso país”.

Vale lembrar que, em 2022, o ex-presidente Joe Biden também recorreu à mesma Lei de Produção de Defesa. Na época, o objetivo também era estimular a mineração doméstica. Mas a abordagem de Trump marca uma escalada mais agressiva e imediata.

A nova estratégia do governo busca enfrentar diretamente a dependência da China e garantir que os EUA possam controlar suas cadeias produtivas mais sensíveis.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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