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Tudo o que você precisa saber sobre estratégias de energia renovável

Escrito por Adalberto Schwartz
Publicado em 16/05/2025 às 18:00
Atualizado em 17/05/2025 às 01:08
Paisagem realista com painéis solares, turbina eólica e usina hidrelétrica ao entardecer.
Painéis solares, turbina eólica e usina hidrelétrica em harmonia com o meio ambiente ao entardecer.

Entenda como as estratégias de energia renovável ajudam na transição energética, reduzem impactos ambientais e constroem um futuro mais sustentável para o planeta.

Desde a Revolução Industrial, iniciada em meados do século XVIII, a humanidade intensificou o uso de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás natural.

Esse processo marcou o avanço tecnológico, mas trouxe consequências ambientais severas, como o aumento da emissão de gases de efeito estufa e o aquecimento global.

Conforme alertou o Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em seus relatórios, a queima desses combustíveis é a principal causa das mudanças climáticas que enfrentamos hoje.

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Por isso, o século XX assistiu a uma crescente busca por fontes alternativas de energia.

A energia renovável, que já tinha sido usada por civilizações antigas, como os egípcios que utilizavam a força do vento em barcos por volta de 3.000 a.C., começou a ser redescoberta com uma nova perspectiva tecnológica e ambiental.

No início dos anos 1970, a crise do petróleo impulsionou o interesse mundial em diversificar a matriz energética.

Países como os Estados Unidos e a Alemanha começaram a investir em pesquisas para captar energia solar e eólica.

Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o crescimento desses investimentos acelerou a partir de 2000, com a capacidade instalada global de energia renovável aumentando exponencialmente.

Essa evolução não aconteceu de forma isolada. Organizações como a REN21 (Rede de Políticas de Energia Renovável para o Século 21), fundada em 2005, aram a acompanhar e divulgar dados sobre o avanço mundial da energia limpa, incentivando governos a adotarem metas ambiciosas.

Ao longo das últimas décadas, o desenvolvimento tecnológico tornou as fontes renováveis, como a solar fotovoltaica e a energia eólica, cada vez mais competitivas.

Segundo relatório de 2023 da REN21, a capacidade instalada global dessas fontes ultraou 3.000 gigawatts, um número impressionante que demonstra a expansão contínua dessas tecnologias.

Diversificação e inovação como bases das estratégias de energia renovável

Infográfico ilustrando a diversificação e inovação como pilares das estratégias de energia renovável, com ícones representando fontes como solar, eólica e hidrelétrica.

A estratégia para promover a energia renovável exige a diversificação da matriz energética, isto é, a combinação de várias fontes limpas para garantir segurança e eficiência no fornecimento.

Por exemplo, enquanto a energia solar depende da incidência do sol, a energia eólica pode complementar essa geração durante períodos nublados.

Além disso, a inovação tecnológica tem papel fundamental nessa trajetória.

Durante a década de 1990, a Alemanha, por exemplo, se destacou com políticas de incentivo à pesquisa em energia solar e eólica.

Com o programa “Energiewende” que buscava uma transição energética rumo à sustentabilidade.

Hoje, a aplicação de redes inteligentes, chamadas de smart grids, e sistemas avançados de armazenamento de energia são desenvolvidos para integrar essas fontes renováveis ao sistema elétrico, minimizando os efeitos da intermitência.

Segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA) em 2024, as tecnologias de armazenamento cresceram em 35% nos últimos cinco anos, destacando-se como elemento crucial para a estabilidade da rede.

Portanto, ao combinar diversidade e inovação, as estratégias de energia renovável se fortalecem e possibilitam um sistema mais resiliente, capaz de atender às demandas crescentes sem comprometer o meio ambiente.

Inclusão social, desenvolvimento regional e o papel dos governos

Infográfico em formato paisagem sobre inclusão social, desenvolvimento regional e o papel dos governos na promoção de energia renovável, com ícones representando o à energia, geração de empregos e políticas públicas sustentáveis.

As estratégias de energia renovável também devem considerar a inclusão social e o desenvolvimento regional.

Em países como o Brasil, vastas áreas rurais ainda enfrentam dificuldades no o à energia elétrica.

Projetos de geração distribuída, como sistemas solares fotovoltaicos instalados em comunidades isoladas, têm mostrado resultados positivos ao promover o o universal à eletricidade.

Conforme relatado pelo Ministério de Minas e Energia do Brasil em seu Plano Decenal de Energia 2030.

Além disso, essas iniciativas geram empregos locais e fomentam a economia regional.

A experiência da Índia, por exemplo, que investiu fortemente em energia solar em regiões remotas desde 2015, mostra como a energia renovável pode transformar realidades sociais.

Nesse cenário, o papel dos governos é decisivo.

Acordos internacionais como o Acordo de Paris, firmado em 2015 sob os auspícios da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), estabeleceram compromissos para ampliar o uso de energia limpa globalmente.

No Brasil, o governo federal tem impulsionado programas de incentivos fiscais e linhas de crédito para projetos sustentáveis, aumentando a participação das renováveis para mais de 45% da matriz elétrica, segundo dados oficiais de 2024.

Paralelamente, o setor privado e os consumidores têm contribuído para essa transformação.

Empresas globais investem em energias renováveis para reduzir a pegada de carbono, enquanto consumidores conscientes adotam hábitos mais sustentáveis, conforme pesquisas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) de 2023.

Desafios e o futuro das estratégias de energia renovável

Infográfico horizontal que apresenta os principais desafios e perspectivas futuras das estratégias de energia renovável, com ícones representando resistência política, conscientização ambiental, transição energética e investimentos sustentáveis.

Embora as estratégias de energia renovável avancem a os largos, ainda enfrentam obstáculos significativos.

Resistências políticas, interesses econômicos ligados aos combustíveis fósseis e desafios técnicos como a intermitência e a necessidade de infraestrutura adequada dificultam a implementação em larga escala.

Porém, o aumento da conscientização ambiental, especialmente entre as novas gerações, fortalece a demanda por energias limpas.

Campanhas educativas e a pressão da sociedade civil por políticas ambientais mais rigorosas são forças que impulsionam essa transformação.

A transição energética exige planejamento e ações coordenadas entre governos, empresas e sociedade. Ela não acontece rapidamente, mas seu impacto é profundo e duradouro.

Investir em energia renovável significa reduzir a poluição, combater as mudanças climáticas e promover a justiça social, gerando emprego e desenvolvimento.

Segundo o Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), para limitar o aquecimento global a 1,5°C:

É necessário que a energia renovável represente mais de 70% da matriz energética global até 2050.

Portanto, compreender e apoiar as estratégias de energia renovável é fundamental para garantir um futuro sustentável para o planeta e para as próximas gerações.

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COP29: Brasil é destaque mundial em energia renovável | CNN PRIME TIME – CNN Brasil

Adalberto Schwartz

Adalberto Schwartz é engenheiro de energia e analista técnico com mais de 20 anos de experiência no setor de petróleo, gás, energias renováveis e infraestrutura energética. Formado em Engenharia de Energia em 2003, com especialização em transição energética e exploração offshore, construiu uma carreira sólida atuando em projetos de usinas, plataformas e soluções de baixo carbono. Desde 2015, atua como comunicador técnico, produzindo conteúdos jornalísticos e análises aprofundadas sobre o cenário energético global. Seus textos unem racionalidade técnica, dados confiáveis e linguagem ível, sendo referência para profissionais do setor, investidores e interessados em geopolítica da energia.

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