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Um megaprojeto de construção de US$ 28 bilhões promete transformar a Tailândia em um novo hub logístico, encurtar rotas marítimas em até 9 dias e reduzir custos de transporte em 15%, desafiando o domínio do Estreito de Malaca no comércio global

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 15/02/2025 às 12:38
Um megaprojeto de construção de US$ 28 bilhões promete transformar a Tailândia em um novo hub logístico, encurtar rotas marítimas em até 9 dias e reduzir custos de transporte em 15%, desafiando o domínio do Estreito de Malaca no comércio global
A construção da ponte terrestre da Tailândia será realizada em fases, começando com a edificação de dois portos de águas profundas em Chumphon e Ranong. Em seguida, será implantada uma rede de 90 km de rodovias, ferrovias e oleodutos, permitindo o transporte eficiente de mercadorias entre os oceanos, reduzindo a dependência do Estreito de Malaca.

Navios não precisam mais enfrentar congestionamentos no Estreito de Malaca para transportar mercadorias entre a Ásia e o Ocidente. Essa é a promessa da Tailândia com seu audacioso projeto de construção da ponte terrestre, que pode mudar o jogo do comércio marítimo global.

Com um investimento colossal de US$ 28 bilhões, esse megaprojeto tem potencial para encurtar rotas, reduzir custos e transformar a Tailândia em um novo hub logístico. Mas será que essa construção pode realmente competir com o histórico Canal de Suez? Vamos entender como essa obra pode revolucionar o comércio internacional.

O Estreito de Malaca e seus desafios

O Estreito de Malaca, localizado entre a Península Malaia e a ilha de Sumatra, é uma das agens marítimas mais movimentadas do mundo. Por ali circula cerca de 30% do comércio global, tornando-o uma rota essencial para a economia mundial.

Apesar de sua importância, ele enfrenta desafios críticos que impactam diretamente o transporte marítimo:

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Congestionamento intenso: O tráfego de navios é tão alto que, em certos períodos, as embarcações precisam aguardar dias para atravessar.

Risco de pirataria: O estreito é um dos pontos mais vulneráveis a ataques piratas, representando uma ameaça para transportadores e seguradoras.

Limitações geográficas: Com menos de 3 km de largura em alguns pontos, ele impõe restrições ao tamanho dos navios que podem transitar, afetando a eficiência do transporte.

Diante dessas dificuldades, a Tailândia propôs uma solução inovadora: a construção de um corredor terrestre que pode redefinir a logística na região.

O projeto da Tailândia quer criar um atalho para os navios que hoje precisam ar pelo Estreito de Malaca. Em vez de darem uma volta enorme, as cargas serão desembarcadas em um porto, transportadas por terra por 90 km e embarcadas de novo do outro lado, economizando tempo e dinheiro no transporte global.
O projeto da Tailândia quer criar um atalho para os navios que hoje precisam ar pelo Estreito de Malaca. Em vez de darem uma volta enorme, as cargas serão desembarcadas em um porto, transportadas por terra por 90 km e embarcadas de novo do outro lado, economizando tempo e dinheiro no transporte global.

O que é a construção da ponte terrestre da Tailândia?

A ponte terrestre da Tailândia não é exatamente uma ponte no sentido tradicional, mas sim um corredor de transporte multimodal que conectará o Golfo da Tailândia ao Mar de Andamão. O projeto prevê:

Construção de dois portos de águas profundas: Um em Chumphon, no Golfo da Tailândia, e outro em Ranong, no Mar de Andamão.

Infraestrutura multimodal: Um sistema de rodovias, ferrovias e oleodutos de aproximadamente 90 km, permitindo o transporte eficiente de cargas entre os portos.

Redução da dependência do Estreito de Malaca: As mercadorias poderão ser descarregadas em um porto, transportadas por terra e embarcadas novamente no outro lado, diminuindo o tempo de trânsito marítimo.

Se bem-sucedido, esse projeto pode se tornar uma alternativa viável ao Canal de Suez e outras rotas marítimas globais.

Como esse megaprojeto pode impactar o comércio global?

Ao evitar o congestionado Estreito de Malaca, os navios poderiam economizar entre 6 a 9 dias de viagem, dependendo do destino final. Essa economia de tempo se traduz diretamente em redução de custos, estimada em cerca de 15% no transporte de mercadorias.

O projeto pode posicionar a Tailândia como um ponto-chave no comércio global, incentivando:

  • Investimentos estrangeiros em infraestrutura e logística.
  • Desenvolvimento de novas indústrias ao redor dos portos e corredores de transporte.
  • Criação de empregos no setor de construção e logística.

No entanto, apesar das expectativas otimistas, alguns especialistas questionam se essa construção pode realmente oferecer um custo-benefício superior ao transporte marítimo tradicional.

O futuro do projeto e seu cronograma

O governo tailandês já estabeleceu um cronograma ambicioso para o projeto:

  • 2025: Início das licitações para a construção.
  • 2026: Início das obras.
  • 2030: Conclusão e operação plena do corredor logístico.

Se tudo correr conforme o planejado, a Tailândia poderá se tornar um dos principais eixos do comércio global, desafiando o monopólio do Estreito de Malaca.

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Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no G, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro. Sugestão de pauta: [email protected]

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