Novas rotas submarinas prometem revolucionar a conectividade no Brasil, enfrentando desafios históricos e abrindo caminhos inéditos para uma internet mais rápida, segura e ível, especialmente nas regiões que até hoje ficaram à margem das grandes redes digitais.
O governo brasileiro anunciou uma iniciativa estratégica para expandir a infraestrutura de internet no país por meio da criação da Política Nacional de Cabos Submarinos.
O objetivo é descentralizar e ampliar os pontos de ancoragem de cabos submarinos, especialmente nas regiões Norte e Sul, que atualmente estão à margem das principais rotas de conectividade.
Essa política visa fortalecer a economia digital e reduzir as desigualdades regionais no o à internet.
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Atualmente, cerca de 99% do tráfego de dados internacional do Brasil é transmitido por cabos submarinos de fibra óptica.
No entanto, a maioria desses cabos está concentrada em cidades do Sudeste e Nordeste, como Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Santos (SP) e Praia Grande (SP).
Essa concentração representa um risco para a estabilidade e segurança da internet no país, pois qualquer incidente nessas áreas pode afetar significativamente a conectividade nacional.
A nova política prevê a criação de Zonas de Interesse para Ancoragem (ZIAs) em regiões ainda não contempladas, permitindo a instalação de novos cabos submarinos.
Essa expansão proporcionará maior capacidade, velocidade, segurança e redundância à infraestrutura de internet brasileira, preparando o país para os desafios futuros da economia digital.
Investimentos significativos estão previstos para esse setor.
De acordo com um relatório da consultoria Analysys Mason, o mercado de cabos submarinos no Brasil deve movimentar mais de R$ 56 bilhões nos próximos cinco anos.
Esse investimento é fundamental para posicionar o Brasil como protagonista no cenário global das telecomunicações.
Fortaleza e o protagonismo na conectividade submarina
Fortaleza destaca-se como um importante hub tecnológico, sendo o segundo maior do mundo em concentração de cabos submarinos, com 14 cabos conectados.
A cidade está atrás apenas de Fujeira, nos Emirados Árabes Unidos.
A previsão é que Fortaleza alcance 18 cabos submarinos até 2021, tornando-se o maior hub de cabos submarinos de fibra óptica do mundo.
Empresas como a Angola Cables têm investido fortemente na região, conectando o Brasil à África, Europa e América do Norte.
Novas rotas que fazem a diferença
Projetos como o cabo EllaLink, que conecta diretamente o Brasil a Portugal, são exemplos de iniciativas que visam diversificar as rotas de conectividade.
Com capacidade de 100 Gbps, o EllaLink reduz em até 50% a latência na transmissão de dados entre os dois continentes, beneficiando milhões de usuários.
Esse cabo também representa um o importante para garantir a neutralidade da internet brasileira, evitando a dependência de rotas que am pelos Estados Unidos.
Riscos da concentração e necessidade de proteção
A concentração de cabos submarinos em determinadas áreas também levanta preocupações sobre a segurança da infraestrutura.
Em Fortaleza, por exemplo, a instalação de uma usina em uma área onde chegam 17 cabos submarinos gerou preocupações entre operadoras de telecomunicações.
Qualquer incidente nessa região pode comprometer a conectividade de todo o país.
Por isso, é essencial que o governo federal intervenha para proteger essas áreas estratégicas.
Descentralização como solução
A descentralização dos pontos de ancoragem de cabos submarinos é uma medida crucial para garantir a resiliência da internet brasileira.
A Anatel estuda regras para distribuir os cabos submarinos por todo o território nacional, evitando a concentração em um único local e aumentando a redundância da infraestrutura.
Essa estratégia é fundamental para mitigar riscos e assegurar a continuidade dos serviços de internet em caso de falhas ou incidentes.
O papel da iniciativa privada
Empresas como a V.tal têm desempenhado um papel importante na expansão da infraestrutura de fibra óptica no Brasil.
Com mais de 426 mil quilômetros de fibra óptica terrestre, a V.tal interconecta 2.380 municípios no Brasil e 26 países, sendo a maior operadora de rede neutra do país.
A integração com a operadora de cabos submarinos Globenet fortalece ainda mais a conectividade internacional do Brasil.
Um avanço estratégico para o país
A implementação da Política Nacional de Cabos Submarinos representa um avanço significativo para o Brasil, promovendo a inclusão digital e fortalecendo a economia do país.
Ao diversificar as rotas de conectividade e descentralizar os pontos de ancoragem, o Brasil estará mais preparado para enfrentar os desafios da era digital e garantir o o à internet de qualidade para toda a população.
E você, acredita que a descentralização dos cabos submarinos é a chave para uma internet mais estável e segura no Brasil? Compartilhe sua opinião nos comentários!