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28 grandes cidades dos Estados Unidos estão afundando até 5 cm por ano, principalmente devido à extração de água subterrânea para uso humano

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 10/05/2025 às 07:35
cidades dos Estados Unidos

Estudo revela que o solo de 28 grandes cidades dos Estados Unidos está afundando, com Houston liderando a lista e milhões de pessoas já sendo impactadas por riscos estruturais e de inundação

Um estudo publicado na revista Nature Cities revelou uma ameaça invisível que avança sob os pés de milhões de americanos: 28 das cidades dos Estados Unidos estão afundando.

Em algumas regiões, como Houston, no Texas, o rebaixamento do solo já chega a 5 centímetros por ano, colocando em risco a segurança de infraestruturas e a vida de milhões de moradores.

A principal causa: retirada de água subterrânea

Segundo a pesquisa, 80% dos casos de subsidência estão diretamente ligados à extração excessiva de águas subterrâneas.

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A pressão para suprir o consumo urbano e industrial tem levado à exploração contínua dos aquíferos. À medida que os reservatórios são esvaziados, o solo perde sustentação e começa a ceder, de forma lenta, mas constante.

Esse fenômeno já afeta 34 milhões de pessoas nas regiões urbanas estudadas. O impacto não é imediato nem sempre visível, mas ao longo dos anos, os efeitos acumulados se tornam sérios.

Houston lidera a lista das cidades em risco

Entre todas as cidades analisadas, Houston é a mais afetada. Cerca de 42% da área urbana da cidade está afundando mais de 5 milímetros por ano.

Em 12% da cidade, esse afundamento ultraa os 10 milímetros anuais. Em certas áreas, a perda chega a 5 centímetros de altura por ano.

Esse rebaixamento do solo amplia significativamente o risco de inundações, sobretudo em contextos de chuvas intensas e furacões, eventos frequentes na região.

Fatores adicionais agravam o problema

Embora a extração de água seja a principal causa, não é a única. O peso excessivo de prédios e construções, especialmente em áreas com solo macio, contribui para a instabilidade. Além disso, a extração de petróleo e gás, comum em regiões como o Texas, também influencia na compactação do solo. Atividades industriais e urbanas, de modo geral, alteram o equilíbrio geológico e potencializam o problema.

Movimento desigual do solo afeta estruturas urbanas

Em cidades como San Jose, Memphis e Jacksonville, o solo não está apenas afundando: ele está se movimentando de forma desigual. Algumas áreas descem, enquanto outras se mantêm ou até sobem. Esse movimento diferencial impõe estresse em estruturas como edifícios, tubulações e estradas.

Esse tipo de dano muitas vezes a despercebido durante anos, até que os sinais se tornem visíveis ou os prejuízos já sejam significativos. Em San Antonio, por exemplo, um em cada 45 edifícios apresenta alto risco de danos estruturais por conta dessa movimentação.

Embora o foco do estudo seja nos Estados Unidos, o fenômeno é global. O Vale Central da Califórnia já afundou 8,5 metros entre 1926 e 1970 devido à extração de água subterrânea. Na Cidade do México, certas áreas continuam afundando até 50 centímetros por ano.

Soluções propostas: adaptação e restauração

O estudo também apresenta soluções possíveis. Uma delas é a construção de pântanos urbanos, que ajudam a reter água da chuva e diminuem a pressão sobre os aquíferos. Outra é a recarga ativa dos aquíferos, com tecnologias para devolver parte da água ao subsolo.

Além disso, os pesquisadores sugerem a adoção de infraestruturas resilientes, capazes de se adaptar às deformações do solo. Também recomendam políticas urbanas que limitem a expansão em áreas instáveis.

As 28 cidades identificadas, em ordem de mudanças mais aceleradas no terreno, incluem Houston, Fort Worth, Dallas, Chicago, Nova York, Denver, Seattle, Columbus, Indianápolis, Charlotte, Detroit, San Antonio, Las Vegas, Washington, Nashville, São Francisco, Portland, San Diego, Filadélfia, Austin, Oklahoma City, Phoenix, El Paso, Boston, Los Angeles, Memphis, San Jose e Jacksonville.

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Lukas Douglas
Lukas Douglas
10/05/2025 08:00

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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