Investigação aponta que a rede social de Elon Musk descumpriu o Digital Services Act. Multa pode chegar a 6% do faturamento global. Caso pressiona ainda mais a tensão entre Europa e EUA.
Desta vez, nem foguete escapa: a União Europeia está prestes a aplicar uma multa bilionária contra Elon Musk por falhas graves na plataforma X, antiga Twitter. Segundo o The New York Times, a Comissão Europeia concluiu que a rede social do bilionário sul-africano descumpriu diversas normas do Digital Services Act (DSA) — legislação que regula o funcionamento das plataformas digitais no continente.
O caso ganhou proporções sérias: a multa pode ultraar os 6% do faturamento global da empresa, e há quem defenda que o cerco se amplie até outras empresas do grupo, como SpaceX e Neuralink. Musk, que sempre se posicionou como defensor da “liberdade irrestrita” nas redes, agora enfrenta o custo de um discurso sem moderação.
Onde o X pisou na bola?
Desde que Elon Musk comprou o Twitter e o transformou no X, a plataforma tem sido criticada por afrouxar as políticas de moderação de conteúdo, permitir a proliferação de fake news e não entregar relatórios claros sobre seus algoritmos. A União Europeia, que desde 2022 vem aplicando normas mais rígidas com o Digital Services Act, resolveu agir.
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Entre as falhas apontadas estão a não remoção de conteúdos ilegais, falta de transparência nos anúncios pagos e o descumprimento de obrigações básicas de segurança para os usuários. A Comissão Europeia abriu uma investigação formal e, após meses de apuração, decidiu avançar para a aplicação de sanções.
Quanto Elon Musk pode perder com isso?
As multas previstas pelo DSA podem chegar a 6% da receita global anual de uma empresa infratora. No caso da X Corp, estima-se que esse valor pode ultraar os US$ 800 milhões, dependendo do período considerado. Mas o impacto vai além do bolso.
A Comissão Europeia já cogita aplicar sanções multiplataforma, atingindo também outras empresas de Elon Musk que operam no continente — como a Starlink, que fornece internet via satélite para zonas remotas da Europa.
Geopolítica e guerra digital
O caso ultraou as fronteiras da tecnologia e entrou no terreno da geopolítica. A possível sanção da União Europeia contra Musk acontece no contexto de reaproximação do empresário com Donald Trump, que busca voltar à presidência dos EUA em 2024. Autoridades europeias veem o “laissez-faire” promovido por Musk como uma ameaça à estabilidade digital, especialmente em tempos de guerra de narrativas.
Em paralelo, analistas políticos alertam que o confronto entre regulação europeia e o “vale-tudismo digital” made in Silicon Valley pode escalar para um ime diplomático entre Bruxelas e Washington.