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Transação marca a entrada da AZC no setor de bionergia no Brasil, fortalecendo a produção de açúcar e biocombustíveis
A AZC Orbis Invest, um grupo empresarial da Eslováquia, anunciou a aquisição de 50% da Usina Agropéu, localizada em Pompéu, Minas Gerais, em uma transação que marca sua entrada no setor de bionergia no Brasil.
O anúncio foi feito na segunda-feira, dia 28 de abril, mas os valores da negociação não foram divulgados.
A Usina Agropéu e sua trajetória
Fundada em 1981 como parte do Programa Nacional do Álcool, conhecido como Proálcool, a Usina Agropéu começou suas operações como uma destilaria autônoma, focando na produção exclusiva de álcool.
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Ao longo dos anos, a usina diversificou suas atividades, e em 2011 expandiu suas operações ao construir uma fábrica de açúcar, com capacidade para produzir 10.000 sacos de 50 kg por dia.
Este o foi crucial para que a Agropéu se tornasse um player relevante no mercado de açúcar, especialmente em um estado com uma forte tradição na produção de cana-de-açúcar como Minas Gerais.
Em 2016, a usina também ampliou sua capacidade de geração de energia elétrica, alcançando 51,6 MW/h e comercializando 15 MW/h de excedentes.
Essa diversificação não apenas aumentou a eficiência da usina, mas também contribuiu para a crescente demanda por fontes de energia renovável no Brasil, que tem se esforçado para aumentar a participação de energias limpas em sua matriz energética.
Durante a safra 2024/25, a Agropéu enfrentou desafios significativos devido à seca, que afetou a maioria dos dias do ciclo produtivo.
Este fenômeno climático tem sido uma preocupação crescente para os produtores de cana-de-açúcar em Minas Gerais, que, assim como outras regiões do Brasil, têm enfrentado condições climáticas adversas que impactam a produtividade.
AZC Orbis Invest: uma nova era no bionergia
O grupo AZC Orbis Invest é reconhecido como o maior produtor de biocombustíveis do Leste Europeu, atuando em mais de 20 países, incluindo Hungria, Alemanha, Romênia, Cazaquistão e EUA.
Com a compra de 50% da Usina Agropéu, a empresa faz sua estreia nas Américas, buscando expandir sua atuação no mercado de biocombustíveis e açúcar.
A entrada da AZC no capital da Agropéu representa uma estratégia significativa, permitindo que a empresa amplie sua produção e presença no Brasil.
O grupo tem uma forte presença em diversos setores, como transportes, distribuição, produção de combustíveis, alimentos, bebidas, biocombustíveis, construção, tecnologia e química.
Recentemente, a AZC também iniciou suas atividades na Índia, sinalizando sua ambição de expandir globalmente.
Richard Szabó, diretor de desenvolvimento de negócios da AZC, destacou que a escolha do Brasil para a expansão se deve à sua posição como “um dos players mais fundamentais do setor de açúcar e biocombustíveis”.
Ele enfatizou que essa operação representa um “próximo o natural e lógico”, considerando o enorme potencial futuro do Brasil na indústria, especialmente em um contexto global onde a demanda por biocombustíveis e energia renovável está em ascensão.
Perspectivas para o setor de bionergia no Brasil
O Brasil é um dos líderes mundiais na produção de bioenergia, com uma vasta experiência no cultivo de cana-de-açúcar e na produção de etanol.
O país tem investido em tecnologias que aumentam a eficiência e a sustentabilidade de suas usinas, e a parceria com a AZC pode contribuir para inovações e melhorias na produção da Agropéu.
Geraldo Otacílio Cordeiro, diretor-presidente da Agropéu e herdeiro dos fundadores da empresa, comentou sobre a parceria, afirmando que “com a experiência internacional da AZC e nossa força local, estaremos prontos para expandir nossa atuação e contribuir ainda mais para o desenvolvimento da produção de açúcar, etanol e energia no Brasil”.
Essa colaboração pode resultar em sinergias que beneficiarão tanto a Agropéu quanto a AZC, ampliando suas capacidades de produção e melhorando a competitividade no mercado.
Consultoria e impactos do investimento
A transação contou com a consultoria técnico-financeira da Datagro, que facilitou a aproximação entre as duas empresas.
Para Guilherme Nastari, diretor da consultoria, “os investimentos da AZC reforçam a importância e o protagonismo do Brasil na produção de energias renováveis”.
Este apoio técnico é crucial para garantir que a transação seja benéfica para ambas as partes e que a Agropéu possa maximizar seu potencial de crescimento.
Além disso, a entrada de um investidor internacional como a AZC pode abrir portas para novas oportunidades de mercado, tanto no Brasil quanto em outros países, à medida que a Agropéu se posiciona como uma usina competitiva e sustentável.
O futuro da Usina Agropéu e seu papel no mercado
Com a nova parceria, a Usina Agropéu está bem posicionada para expandir sua capacidade de produção e explorar novas oportunidades no setor de biocombustíveis.
A crescente demanda por energia renovável e a pressão por soluções sustentáveis em todo o mundo tornam o Brasil um mercado estratégico para investimentos em bionergia.
A combinação da experiência internacional da AZC com a força local da Agropéu promete impulsionar a produção de açúcar, etanol e energia, consolidando ainda mais a posição do Brasil no cenário global de energias renováveis.
Com um foco crescente em práticas agrícolas sustentáveis e tecnologias inovadoras, a Agropéu pode se transformar em um exemplo de sucesso no setor, não apenas em Minas Gerais, mas em todo o Brasil.
Além disso, a cooperação entre a AZC e a Agropéu pode levar a iniciativas de desenvolvimento sustentável, como programas de responsabilidade social e ambiental.
Isso não apenas beneficiaria a comunidade local, mas também contribuiria para a imagem positiva das empresas envolvidas, alinhando-se às crescentes expectativas dos consumidores por práticas empresariais éticas e sustentáveis.
Com a parceria, a Usina Agropéu pode se preparar para enfrentar os desafios futuros e se destacar em um mercado em constante evolução, onde a inovação e a sustentabilidade são cada vez mais valorizadas.
FONTE: JORNALCANA
