A usina de urânio e fosfato em Santa Quitéria, interior do Ceará, está um o mais próxima de se tornar realidade após o aceite concedido pelo Ibama. A unidade contará com investimentos de R$ 2,3 bilhões
O projeto da usina de urânio e fosfato em Santa Quitéria, no interior do Ceará, está dando mais um o após o Ibama conceder um aceite para o empreendimento nesta sexta-feira (18). O aceite garante que o processo tenha um avanço até a obtenção das próximas licenças. Um aceite se trata de um ato cambial pelo qual o sacado concorda em acolher a ordem incorporada pelo título de crédito.
Após aceite do Ibama projeto ará por audiências públicas
De acordo com Raphael Turri, gerente de saúde, segurança e meio ambiente da Galvani, empresa que compõe o consórcio Santa Quitéria junto à INB, o aceite do Ibama para o empreendimento é formal e será utilizado para iniciar análise do estudo de impacto ambiental da usina de urânio e fosfato.
Agora, a entidade irá verificar se o relatório e o estudo de impacto ambiental estão atendendo a todos os requisitos que foram demandados no termo de referência. O aceite do empreendimento no Ceará não significa aprovação da licença para o projeto, mas representa um o importante para que a licença ambiental prévia seja analisada.
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Após o aceite, haverá um prazo de cerca de 2 meses para que sejam realizadas audiências públicas em relação ao projeto da usina de urânio e fosfato, para que sejam colhidas sugestões, críticas e questionamentos por parte da sociedade. A expectativa é que essas audiências sejam realizadas já em maio. De acordo com o gerente, a expectativa da empresa é de começar as obras do empreendimento no Ceará no final deste ano ou no início do próximo.
Empreendimento terá investimento aplicado de R$2,3 bilhões
A projeção é que as obras de construção do empreendimento no Ceará durem cerca de dois anos, caso sigam o cronograma sem nenhum imprevisto, e suas operações devem começaro fim de 2024 ou início de 2025.
O projeto estima receber R$ 2,3 bilhões em investimentos, gerando empregos para mais de 5 mil pessoas. De acordo com Alessandra Barreto, coordenadora de licenciamento e projetos da INB, o rito do licenciamento ambiental do Ibama conta com três etapas: a primeira, onde se obtém a licença prévia, a segunda que é a licença de instalação, e a terceira, que vem após a construção, onde há um processo para a licença de operação. Essas etapas devem estar alinhadas com o licenciamento nuclear, pois o empreendimento no Ceará é de usina de urânio e fosfato.
Usina produzirá um milhão de toneladas por ano de fertilizantes de fosfato
A estimativa é de que seja produzido um milhão de toneladas por ano de fertilizantes de fosfato, o que pode garantir cerca de 25% do que é consumido pelo Norte e Nordeste. Também serão produzidas 200 mil toneladas de asfalto bicálcico por ano, além de 2,3 mil toneladas de concentrados de urânio, garantindo a autossuficiência do país.
A usina de urânio e fosfato é muito relevante nos planos do Governo Federal de amenizar a dependência do Brasil na importação de fertilizantes, pois imes na obtenção de produtos desse tipo tem impactado no agronegócio em uma crise que vem assolando o país desde antes mesmo da guerra entre Rússia e Ucrânia. A unidade precisará de 855 m³ de água por hora, volume que sairá de uma adutora que ainda será instalada na região, pelo governo do Estado. A adutora ainda está em fase de obtenção do licenciamento e as obras devem durar até um ano e meio.
Materiais produzidos na unidade serão transportados para duas rotas. O urânio será levado para o porto do Pecém, onde será exportado para enriquecimento e voltará ao país para ser utilizado nas usinas de Angra, no Rio de Janeiro. O outro caminho será o porto de Mucuripe, aonde serão levados fosfatos para a produção de fertilizantes.
Este conteúdo foi escrito com base nas informações divulgadas originalmente por Victor Ximenes do Portal Diário do Nordeste.
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