Novo jato furtivo chinês de 6ª geração surpreende com configuração inédita, poder de fogo massivo, cockpit lado a lado e alcance para ultraar o Pacífico até a Primeira Cadeia de Ilhas
Uma imagem inédita do que pode ser o novo caça J-36 da China está provocando um verdadeiro terremoto entre analistas militares e entusiastas da aviação. A fotografia, obtida em uma instalação da Chengdu Aircraft Corporation e divulgada por fóruns chineses, mostra um jato gigantesco com compartimentos abertos, cockpit duplo e linhas furtivas inéditas.
Segundo informações da Military Watch Magazine, o possível J-36 parece representar a mais avançada expressão da corrida pela supremacia aérea entre China e Estados Unidos, com foco em autonomia, carga útil e integração com tecnologias emergentes.
J-36
Design revolucionário e poder de fogo oculto
A imagem do suposto J-36 revela um caça com três grandes compartimentos ventrais abertos, sugerindo uma capacidade de armamento interna nunca antes vista em aeronaves de combate. Analistas especulam que ele pode carregar múltiplos mísseis de longo alcance, como o PL-17, bem como armamentos de ataque ao solo de alta precisão.
-
Washington emite alerta sobre a China: País está cortando minério vital para produção de mísseis e caças, e pode forçar paralização das forças armadas ocidentais
-
Por que essa ilha isolada no Atlântico se cansou de ser africana e agora ‘implora’ para se tornar argentina?
-
China comissiona navio de 180 metros para perfurar a crosta terrestre até a descontinuidade de Moho no Mar do Sul da China até 2035
-
A maior disputa territorial do mundo pode afetar todo o equilíbrio geopolítico global
Diferente de qualquer caça contemporâneo, a aeronave também apresenta duas baias menores laterais, que podem comportar mísseis leves como o novo PL-16. A ausência de caudas verticais visíveis e as entradas de ar com geometria furtiva reforçam o compromisso do projeto com a invisibilidade aos radares.
Outro destaque é o cockpit de dois lugares com assentos lado a lado, uma configuração extremamente rara em caças modernos, vista anteriormente em aeronaves como o F-111 americano ou o Su-34 russo. Isso indica que o J-36 pode desempenhar missões complexas, como guerra eletrônica, controle de drones “loyal wingman” e operações estratégicas.
Com dimensões visivelmente superiores à do J-20, o atual caça de 5ª geração chinês, o J-36 também sugere espaço para sensores e radares de altíssima potência, graças ao grande volume do nariz da aeronave. Isso pode garantir vantagem em detecção e combate a longa distância.
Especialistas sugerem que o caça chinês pode empregar inteligência artificial embarcada, sistemas de guerra eletrônica avançada e armas de energia dirigida, alinhando-se ao conceito de supremacia aérea total.
A fuselagem integrada às asas, o desenho furtivo e a possível presença de uma entrada de ar dorsal reforçam rumores de que o jato pode ter três motores, aumentando sua potência e alcance.
Essa configuração trijet, embora rara, ampliaria significativamente sua autonomia e capacidade de penetração em espaço aéreo hostil, essencial para missões de dissuasão ou ataque de precisão.
Com todos esses elementos, o J-36 parece combinar elementos de bombardeiros estratégicos, caças de superioridade aérea e plataformas de guerra eletrônica, apontando para um novo paradigma na aviação militar do século XXI.
Estratégia e doutrina por trás do J-36
A adoção de um caça tão grande indica uma mudança estratégica da China, que prioriza agora a projeção de poder além de sua zona costeira. A vasta extensão do Pacífico exige plataformas com grande autonomia, e o J-36 surge como resposta direta a esse desafio geográfico.
Ao contrário do F-22 e F-35 americanos, que possuem alcance limitado, o J-36 poderá operar além da Primeira Cadeia de Ilhas, atingindo alvos em bases americanas, como Guam, ou mesmo apoiando ações na região do Mar da China Meridional.
A configuração de cockpit duplo também aponta para missões de longa duração e complexidade elevada, onde dois operadores dividem funções entre pilotagem, sensores, guerra eletrônica e armamento. Isso remete ao conceito de tripulação cooperativa usado em bombardeiros como o B-2.
Além da atuação direta em combates, o J-36 pode operar como centro tático aéreo, coordenando drones, reando alvos e até interferindo em redes inimigas. Isso o transforma em um multiplicador de força.
O novo jato está sendo desenvolvido pela Chengdu Aircraft Corporation, a mesma responsável pelo J-20, que teve um tempo recorde de desenvolvimento: apenas seis anos entre o primeiro voo e sua entrada em serviço.
Seguindo esse ritmo, o J-36 poderá alcançar capacidade operacional já no início da próxima década, muito antes do NGAD (Next Generation Air Dominance) dos Estados Unidos, ainda em fase conceitual.
O risco tecnológico da China parece menor que o do Ocidente. Enquanto EUA e aliados apostam em caças não tripulados e alto grau de automação, o J-36 mantém a presença humana e foco ofensivo direto, tornando-se mais adaptável às guerras híbridas atuais.
Caso sua imagem se confirme como real, o J-36 poderá ser o primeiro caça de 6ª geração a entrar em serviço efetivo no mundo, colocando a China em vantagem estratégica sem precedentes na corrida aérea.
Controvérsias, autenticidade e implicações globais
Apesar do impacto da imagem, analistas notaram possíveis sinais de manipulação digital, como sombras estranhas e borrões próximos à entrada de ar dorsal. Há indícios de que a imagem foi captada por um celular a partir de uma tela de monitor.
Mesmo assim, elementos do fundo, como barreiras de segurança e veículos de apoio, batem com outras fotos confirmadas da instalação da Chengdu, aumentando a credibilidade da cena.
A comunidade internacional observa com atenção os avanços do programa, pois a entrada em operação do J-36 poderá forçar revisões de doutrina em forças aéreas como Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Estados Unidos.
Além disso, redes de AWACS e sistemas de mísseis baseados em terra, como o THAAD e o AEGIS, poderão precisar de atualizações para lidar com caças tão furtivos e de longo alcance.
Enquanto isso, os EUA enfrentam incertezas em seu programa NGAD, com cortes no projeto da Marinha e esforços concentrados na plataforma da Força Aérea. A Boeing, principal contratada, realiza o maior investimento da sua história nesse projeto.
Se o J-36 decolar antes do F-47 americano, a China poderá romper décadas de hegemonia aérea ocidental. Isso exigirá reações rápidas não só militares, mas também políticas e industriais por parte do Ocidente.
O possível uso de drones subordinados, IA embarcada e sensores de próxima geração ainda está envolto em sigilo, mas os indícios apontam para uma aeronave que pode assumir protagonismo tanto em combate quanto em operações de negação aérea.
O surgimento do J-36 representa mais que um salto tecnológico: é um símbolo da nova postura da China no cenário militar global, disposta a disputar cada centímetro do céu do Pacífico e além.