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VLT em SP pode ganhar trem sem trilhos e a hidrogênio

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 11/04/2025 às 21:03

São Paulo pode adotar veículos movidos a hidrogênio e até trens sem trilhos em seu novo VLT, prometendo uma transformação urbana inovadora que une sustentabilidade, tecnologia e mobilidade no coração da maior metrópole da América do Sul.

São Paulo poderá ser a próxima cidade do mundo a contar com um sistema de transporte público que une tecnologia inovadora e compromisso ambiental.

A gestão municipal planeja lançar, ainda neste mandato, a licitação para construção e operação de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no centro da capital paulista, com possibilidade de uso de veículos sem trilhos e movidos a hidrogênio.

O projeto é parte de um plano de requalificação urbanística que visa transformar a região central por meio de soluções sustentáveis e modernas.

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Segundo informações da Prefeitura de São Paulo, o VLT está inserido no Plano de Requalificação Urbanística do Centro, com Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável.

O estudo técnico, disponível no site oficial do município, apresenta uma série de alternativas tecnológicas e fabricantes que podem ser adotados no novo sistema.

A ideia não é apenas modernizar a mobilidade urbana, mas também provocar uma renovação profunda do espaço urbano, estimulando a ocupação qualificada do centro da cidade.

Tecnologias inspiradas em cidades de referência

O estudo técnico destaca experiências internacionais bem-sucedidas, com foco especial no VLT Carioca, implantado no Rio de Janeiro.

De acordo com o Observatório de Inovação para Cidades Sustentáveis (OICS), o sistema fluminense alcançou 92% de aprovação popular, conforme pesquisa encomendada pelo Datafolha no fim de 2017.

Rapidez, conforto e confiabilidade são os principais atributos elogiados pelos usuários: 81% consideraram o VLT rápido, 93% destacaram o conforto e 85% o classificaram como confiável.

Outras referências mencionadas no documento incluem sistemas de transporte na Alemanha, Catar e Hungria, como o modelo operado em Budapeste pela fabricante espanhola CAF, que possui os maiores VLTs do mundo, com quase 56 metros de comprimento e até nove módulos articulados.

Veículo sem trilhos pode ser alternativa viável

Entre as inovações em análise, destaca-se a possibilidade de implantação de um trem sem trilhos, conhecido como VLP (Veículo Leve sobre Pneus).

Um dos modelos mais recentes foi desenvolvido pela chinesa CRRC e é chamado de ART (Autonomous Rail Rapid Transit).

A tecnologia combina pneus com sensores de navegação por GPS e inteligência artificial, dispensando os trilhos tradicionais.

Esse tipo de sistema representa uma revolução na mobilidade urbana, pois reduz significativamente os custos de implantação e manutenção.

Além disso, permite maior flexibilidade de rotas, uma vez que os veículos não estão limitados a caminhos fixos.

O ART é um híbrido entre ônibus e trem, e foi um dos destaques apresentados na InnoTrans 2024, uma das maiores feiras internacionais de transporte ferroviário, realizada em Berlim.

VLT a hidrogênio: energia limpa e paisagens livres de cabos

Outro destaque do projeto é a possível adoção de veículos movidos a hidrogênio.

Essa solução representa um avanço importante em direção à mobilidade sustentável e de baixo impacto ambiental.

A Hyundai Rotem, fabricante sul-coreana, é uma das empresas que já desenvolveram protótipos desse tipo de VLT, também exibidos na InnoTrans 2024.

Os benefícios desse modelo vão além da redução das emissões.

Por utilizar o hidrogênio como fonte de energia, esses veículos eliminam a necessidade de catenárias (cabos aéreos) e subestações de energia, o que melhora a estética urbana e reduz os custos de infraestrutura.

Além disso, quando produzido por fontes renováveis, o chamado hidrogênio verde se torna uma solução ainda mais promissora do ponto de vista ambiental.

Segundo especialistas, o hidrogênio é o elemento mais abundante do universo e pode ser usado como alternativa energética capaz de atender à crescente demanda por transporte limpo nas grandes cidades.

A produção local e sustentável do insumo também estimula a economia verde e a geração de empregos qualificados.

Fabricantes cotados e próximos os

O estudo elaborado pela Prefeitura também apresenta uma lista preliminar de fabricantes que podem fornecer os veículos para o VLT de São Paulo.

Entre os nomes citados estão Siemens, Alstom, Hyundai Rotem, CAF, Vossloh e CRRC.

Cada uma dessas empresas possui portfólios distintos que podem atender às diferentes necessidades técnicas e urbanísticas do projeto paulistano.

A definição final sobre o tipo de tecnologia a ser utilizada ficará a cargo do edital de licitação, que deve ser lançado após a finalização dos estudos de viabilidade técnica.

A meta 52 do plano de metas da atual gestão estabelece como prioridade a viabilização do “VLT Bonde São Paulo”, com a conclusão dos estudos e a publicação do edital.

A expectativa é de que o sistema entre em operação com, pelo menos, duas linhas no centro da cidade, promovendo integração com outros modais e requalificando espaços públicos, especialmente áreas degradadas ou subutilizadas.

Impactos positivos esperados para a capital paulista

Especialistas em urbanismo e mobilidade apontam que a implantação do VLT em São Paulo pode trazer impactos transformadores.

Além de melhorar o deslocamento na região central, o projeto deve promover a valorização imobiliária, o aumento da segurança urbana e o incentivo ao comércio e à cultura local.

A escolha por tecnologias limpas e inovadoras também coloca São Paulo no mapa das cidades comprometidas com a descarbonização do transporte urbano.

Em um contexto de emergência climática e metas globais de redução de emissões, projetos como esse tornam-se fundamentais para garantir qualidade de vida e sustentabilidade.

Vale destacar que a implantação do VLT não deve ser analisada apenas como um projeto de mobilidade, mas como parte de uma estratégia maior de transformação urbana e inclusão social, com o objetivo de tornar o centro da cidade mais atrativo, habitável e ível.

E você, acredita que um trem sem trilhos e movido a hidrogênio pode realmente revolucionar o transporte público em São Paulo? Deixe sua opinião nos comentários!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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