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Você sabia? Futuro dos carros está sendo decidido agora no Brasil

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 11/12/2024 às 13:35

Brasil vira palco da batalha entre gigantes do setor automotivo e potências chinesas. Com bilhões em investimentos e transformações no mercado, o país está moldando o futuro da indústria global de carros. Será que estamos prontos para liderar?

Os bastidores da indústria automobilística mundial nunca estiveram tão agitados. Entre crises em grandes montadoras tradicionais e a ascensão impressionante de marcas chinesas, o Brasil emerge como um verdadeiro tabuleiro onde essa disputa é travada.

Mas o que está em jogo, afinal? Como as decisões tomadas aqui estão moldando o futuro dos carros em todo o mundo? A resposta envolve bilhões de reais, carros elétricos e uma transformação profunda no mercado.

O cenário global: crise e reinvenção nas montadoras

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De acordo com o canal InvestNews BR, a crise que afeta grandes montadoras como Stellantis e Volkswagen não é apenas local, mas global.

Ambas enfrentam vendas estagnadas, custos crescentes e dificuldades em acompanhar o avanço tecnológico, especialmente no setor de veículos elétricos.

Esses desafios pressionam as gigantes a buscar alternativas para se manterem relevantes.

A Stellantis, por exemplo, surgiu em 2021 da fusão entre a Fiat Chrysler e a PSA Peugeot.

Conforme destacado pelo InvestNews BR, a ideia era reduzir custos compartilhando componentes entre marcas do grupo e acelerar a eletrificação de sua frota.

No entanto, a pandemia desorganizou as cadeias produtivas, e a empresa ainda lida com um portfólio limitado de carros elétricos.

Apesar dos investimentos, a demanda global por elétricos não tem crescido no ritmo esperado, criando um ambiente de pressão e ajustes.

A Volkswagen, que também enfrenta desafios semelhantes, anunciou um investimento de US$ 5 bilhões na Rivian, uma montadora americana especializada em elétricos, para melhorar sua tecnologia de software e arquitetura de veículos.

Contudo, a concorrência das montadoras chinesas segue intensa, especialmente no maior mercado da Volks, a China, onde a empresa perdeu a liderança para a BYD em 2023.

O domínio chinês no setor automobilístico

Segundo o InvestNews BR, a China não apenas domina a produção global de carros elétricos, mas também se tornou a maior exportadora mundial de veículos, ultraando o Japão e a Alemanha.

Esse sucesso é fruto de um plano de décadas, impulsionado pelo governo chinês, que garantiu toda a cadeia produtiva no país – desde programadores e fábricas até baterias e logística.

A competitividade chinesa também é evidenciada pelo avanço da BYD, que produz até 80% dos componentes de seus carros internamente, e da CATL, líder global em baterias para veículos elétricos, que abastece até mesmo concorrentes como Tesla, BMW e Volkswagen.

Esse domínio gerou reações protecionistas em mercados como Estados Unidos e Europa, que impam tarifas adicionais para conter o avanço chinês.

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O Brasil no centro da disputa

Com cerca de dois milhões de carros vendidos anualmente, o mercado automotivo brasileiro é estratégico para as montadoras.

Conforme apontado pelo InvestNews BR, enquanto as vendas globais de automóveis caem, o Brasil segue em crescimento, mesmo com a eliminação do carro popular e uma baixa taxa de eletrificação.

A entrada de marcas chinesas como BYD e GWM no Brasil está transformando o mercado.

Paralelamente, o governo reintroduziu impostos de importação para veículos elétricos, mas criou incentivos fiscais para montadoras que investem em tecnologias sustentáveis.

Essa estratégia tem atraído bilhões em investimentos.

De acordo com o InvestNews BR, empresas como Stellantis, Volkswagen, Toyota e GM prometeram investir mais de R$ 100 bilhões no Brasil até 2030.

Esses recursos não apenas visam fortalecer suas presenças locais, mas também utilizar o país como base para atender outros mercados latino-americanos.

Uma oportunidade para o Brasil?

A disputa entre montadoras tradicionais e chinesas coloca o Brasil em uma posição privilegiada.

Com investimentos significativos em fábricas e infraestrutura, o país pode se consolidar como um polo importante na indústria automobilística global.

Contudo, resta saber se essas promessas serão cumpridas e como as marcas locais e estrangeiras responderão às mudanças do mercado.

E você, acredita que o Brasil está preparado para liderar o futuro da indústria automobilística global? Compartilhe sua opinião nos comentários!

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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