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Webb da NASA registra asteroide com tamanho de um prédio; objeto já foi considerado de risco a Terra, mas os riscos agora são maiores para a Lua

Publicado em 05/04/2025 às 14:14
Atualizado em 06/04/2025 às 22:39
Asteroide, James Webb, NASA, 2024 YR4
Imagem mostrando a observação recente de Webb do asteroide 2024 YR4 Créditos: NASA, ESA, CSA, STScI, A Rivkin (JHU APL)

O telescópio espacial James Webb registrou pela primeira vez uma imagem detalhada de um asteroide que, no ado, foi considerado a maior ameaça potencial à Terra. Embora hoje sua trajetória não represente perigo imediato, a observação representa um marco para a ciência e ajuda a refinar modelos de monitoramento de objetos próximos ao planeta

Um asteroide que chegou a ser considerado a maior ameaça à Terra acaba de ser observado pelo telescópio espacial James Webb. A rocha espacial, chamada 2024 YR4, apareceu como um ponto tênue nas imagens divulgadas pela NASA e pela Agência Espacial Europeia.

No início de 2024, o 2024 YR4 liderou a lista de defesa planetária da NASA. Na época, os cientistas estimaram uma chance de 3% de ele colidir com a Terra em 2032.

Esse número foi o mais alto já registrado entre mais de 37 mil grandes asteroides conhecidos. Foi o único com uma probabilidade realista de impacto.

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O alerta veio após o asteroide aparecer na Tabela de Risco de Impacto Sentry, usada para monitorar objetos que podem atingir o nosso planeta. Ele se tornou o foco de atenção da comunidade astronômica.

Porém, essa preocupação diminuiu no final de fevereiro. Novas observações e cálculos mais precisos permitiram reduzir as chances de impacto para praticamente zero.

Webb confirma tamanho do asteroide

Mesmo com a ameaça descartada, o asteroide continua sob observação. As imagens do James Webb ajudaram a confirmar que o 2024 YR4 tem entre 53 e 67 metros de diâmetro, algo como um prédio de dez andares.

Essa medida é mais precisa do que a estimativa anterior feita com telescópios terrestres, que apontava um tamanho entre 40 e 90 metros.

Segundo a NASA, o 2024 YR4 é o menor objeto já capturado pelo telescópio Webb, considerado o mais poderoso da atualidade.

As observações feitas agora vão auxiliar no monitoramento de outros asteroides. Andrew Rivkin, astrônomo da Universidade Johns Hopkins e participante das observações, destacou a importância do estudo como uma forma de treinamento. Para ele, entender melhor objetos como esse é essencial para lidar com futuros riscos.

Possível impacto na Lua

Embora a ameaça à Terra tenha sido descartada, a Lua ainda pode ser atingida. A NASA atualizou a chance de impacto lunar para o dia 22 de dezembro de 2032. O risco subiu de 1,7% para 3,8% entre fevereiro e março. Ainda assim, a agência afirma que um eventual impacto não mudaria a órbita da Lua.

O asteroide 2024 YR4 a pela Terra a cada quatro anos. Ele foi detectado pela primeira vez pelo sistema ATLAS, no Chile, no fim de dezembro de 2024. O relato inicial foi enviado ao Minor Planet Center, órgão que cataloga objetos próximos da Terra.

Mesmo sem risco imediato, os cientistas continuarão acompanhando o 2024 YR4. Após meados de abril, ele deve se mover demais para ser observado da Terra, mas o James Webb planeja novos registros para o fim de abril ou início de maio.

Importância para a defesa planetária

O estudo desse tipo de asteroide é fundamental para aprimorar as estratégias defensivas planetárias. Além do 2024 YR4, os pesquisadores também se debruçam sobre o Apophis, outro asteroide que já foi considerado uma ameaça.

Esses objetos oferecem uma chance única de entender melhor as rochas espaciais que circulam em nossa vizinhança. Com esses dados, as agências espaciais buscam melhorar seus métodos de prevenção e resposta a possíveis perigos vindos do espaço.

Mesmo que o 2024 YR4 já não seja mais um risco imediato para a Terra, seu monitoramento continua. O estudo serve como exemplo prático para futuras situações parecidas, onde a ação rápida e precisa pode fazer toda a diferença.

A última informação divulgada pela NASA indica que o asteroide continua sob análise e deve ser observado novamente muito em breve, mantendo a atenção dos cientistas voltada ao espaço.

Com informações de Interesting Engineering.

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Romário Pereira de Carvalho

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